A denúncia foi feita pela própria Associação dos Profissionais da Guarda que, nesta sexta-feira, falou em «condições desumanas» para descrever o estado em que os profissionais da Guarda Nacional Republicana se encontram por ocasião das celebrações do Centenário das Aparições de Fátima. Em comunicado, a APG destaca o «número extraordinário de profissionais da GNR que estão no terreno, a dar o melhor de si», lamentando, por outro lado, que alguns desses mesmos militares estejam alojados «em condições sub-humanas». Ou seja, há dezenas de operacionais que têm dormido num pavilhão da Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, «sem acesso a instalações sanitárias que lhes permitam realizar a sua higiene pessoal diária e, ainda, sem alimentação garantida, na medida em que ficam sujeitos à existência de ‘sobras’ das refeições dos instruendos», refere, em tom acusatório, a Associação dos Profissionais da Guarda, que sublinha, ainda, que nem tenham sido distribuídos lençóis ou cobertores. E é apontado o dedo ao Comando-geral por «ter conhecimento da situação» e nada ter feito para ultrapassar a situação, considerando que esta situação «deveria envergonhar o governo, a ministra da Administração Interna e, sobretudo, os responsáveis da instituição».
Entretanto, a Ministra da Administração Interna já reagiu a este conjunto de acusações, considerando as queixas como «algo de secundário, tendo em consideração a enorme missão» de garantir a segurança a centenas de milhares de pessoas. Constança Urbano de Sousa falou, ainda, em «circunstância excepcional», referindo, também, que «o ideal» seria alojar os militares «em hotéis de cinco estrelas… mas não existem na região, não é possível». Foto Correio da Manhã