Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém, proferiu uma declaração na recente reunião do executivo a propósito das indicações que têm sido públicas em torno do eventual regresso da sua população ao Centro Hospitalar do Médio Tejo – neste caso com referência à urgência do Hospital de Abrantes – em vez da continuidade do vínculo com a Unidade de Santo André, em Leiria, que atravessa sérios problemas, em especial com a ausência de recursos humanos e estruturais face ao acréscimo de utentes. O autarca não deixou de recordar o Despacho que permite «que o utente, em parceria com o seu médico de família, possa escolher o acesso, para primeira consulta hospitalar, a uma qualquer unidade hospitalar do SNS», reafirmando como «muito positivo» o facto de a orientação do Ministério da Saúde «incluir, desde de julho de 2016, o concelho de Ourém na área de influência do Centro Hospitalar de Leiria». A declaração refere, ainda, que «atendendo à dispersão geográfica do concelho e aos diferentes focos de proximidade em relação aos hospitais existentes, é admitido que parte da população do município possa continuar a aceder ao Hospital Leiria, recorrendo a outra ao Hospital de Tomar, desde que dotado de mais valências, recursos humanos e tecnologias de saúde, compatíveis com um serviço moderno, eficiente e eficaz», sublinhando «a intransigência em alterar a situação atual, sem que sejam dadas soluções alternativas, válidas, sérias e credíveis». Luís Albuquerque diz, ainda, que «não pode admitir que Ourém e os Ourienses sejam utilizados como “arma de arremesso” e de “bodes expiatórios” do Conselho de Administração do Hospital de Santo André de Leiria e do Ministério da Saúde para os problemas existentes no Hospital, decorrentes de muitas outras situações».