Decorreu esta sexta-feira, no auditório do edifício-sede do Município de Ourém, mais uma Reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, encontro presidido pelo presidente da Câmara e que contou com a participação do vereador Rui Vital e do Coordenador Municipal de Proteção Civil, Miguel Freire, para além dos elementos das várias entidades que compõem a comissão. Houve registo para a apresentação de um conjunto de informações gerais por parte de Luís Miguel Albuquerque, das quais se destacou «a realização de ações de fogo controlado promovidas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em terrenos do Município, na zona de Chã – Caxarias, a análise dos efeitos das últimas intempéries, que provocaram episódios de quedas de árvores, deslizamentos de terras e algumas inundações, embora sem impacto significativo, bem como a alteração às regras relacionadas com a autorização para a realização de queimas, especialmente em contextos de alerta«, refere a autarquia em nota de esclarecimento. A reunião centrou-se, em grande parte, no balanço dos incêndios rurais de 2024. «Foi sublinhada a vulnerabilidade das freguesias prioritárias (Espite, Fátima, Urqueira, Rio de Couros e Casal dos Bernardos), que somam aproximadamente 28 000 ha com elevado potencial para o desenvolvimento de incêndios de grandes dimensões. Dados estatísticos apresentados demonstraram que, em 2024, ocorreram 81 ignições, das quais 65% se registaram no período crítico, com uma área ardida de 136 ha, uma redução significativa face aos anos de 2022 e 2023. Foi ainda referida a elevada percentagem de ignições intencionais, que representaram 60,5% do total e cerca de 87,5% da área ardida», acrescenta o mesmo texto. Foi, ainda, feito um balanço das operações municipais de proteção civil realizadas em eventos como Feirourém, La Vuelta e as operações em Fátima, com destaque para a boa coordenação das equipas e os resultados alcançados. A reunião reforçou, também através da apresentação das formações, simulacros e exercícios realizados no último ano, a importância da articulação entre entidades, do planeamento estratégico e da sensibilização da população para a mitigação de riscos e uma resposta mais eficaz a situações de emergência.