Chegou ao fim o “Festival de Setembro, música e outras artes”, iniciativa promovida pelo Município de Ourém e pela Fundação da Casa de Bragança e que decorreu na Vila Medieval de Ourém, nos dias 11, 12 e 13 de setembro. Nas praças, largos e jardins da Vila Medieval, coletividades e restaurantes locais proporcionaram aos visitantes uma degustação com “Sabores do Mediterrâneo”, realçando-se o conceito de que a “dieta mediterrânica constitui uma herança cultural dos países banhados pelo Mediterrâneo, ou que são por ele influenciados, representando um padrão alimentar saudável e sustentável para o mundo e, em especial, para a zona mediterrânica”. Do cruzamento desta premissa com o itinerário da viagem de D. Afonso, 4.º Conde de Ourém, por vários países do Mediterrâneo, foram servidos nos restaurantes, terreiros e praças da Vila Medieval petiscos e refeições típicas de Portugal, Espanha, França, Itália e Marrocos.
As componentes musical e cénica também integraram de forma marcante o Festival, com a programação a incluir uma Visita Guiada ao Paço dos Condes e a Recriação Histórica no Castelo, destacando-se ainda o espetáculo de teatro “D. Afonso, Conde de Ourém, Príncipe de Portugal”, um espetáculo que retrata a viagem de D. Afonso, 4º Conde de Ourém, para Lisboa, de onde partiria como Embaixador do Rei D. Duarte para Basileia. “D. Afonso, Conde de Ourém, Príncipe de Portugal” concilia a história da viagem com a monumentalidade da Vila Medieval de Ourém, numa coprodução do Nariz – Teatro de Grupo e o Grupo de Teatro Apollo. O Festival recebeu ainda as participações musicais de Dead Combo e Lula Pena, duas referências incontornáveis no panorama musical português.
Em vertente complementar, o cinema assumiu-se como outra das manifestações artísticas presentes no “Festival de Setembro, música e outras artes”. Numa parceria com o cinANTROP – Festival Internacional de Cinema Etnográfico, foram exibidos os documentários a concurso pelo concelho de Ourém na edição de 2015: “Ao Redol da Tijomel” (vencedor do Grande Prémio Regional António Campos), “Pelos Cantos de Ourém” (vencedor do prémio Melhor Curta-Metragem do Concelho de Ourém) e “Labuta e Uma Ginja Diferente”. A problemática dos refugiados oriundos do norte de África seria alvo de reflexão no filme “Respiro”, seguindo-se a exibição de “Terra Firme”.
Complementarmente refira-se que o Município de Ourém disponibilizou transporte gratuito de passageiros nos dias do Festival, a partir do Mercado Municipal Manuel Prazeres Durão (junto ao Centro de Negócios de Ourém) até à Vila Medieval, estando e entidade promotora já a trabalhar com vista à edição de 2016, procurando superar algumas lacunas que sempre se evidenciam em cada ano e no sentido de projetar o Festival para uma dimensão mais alargada, quer nos propósitos culturais do evento, quer no que respeita à escala do público-alvo. A organização do evento foi da responsabilidade do Município de Ourém e da Fundação da Casa de Bragança, em parceria com a empresa municipal OurémViva, Junta de Freguesia de Nª. Srª. das Misericórdias e ADIRN e com o apoio do Grupo Lux Hotels e da APORFEST – Associação Portuguesa de Festivais de Música. www.cm-ourem.pt