O antigo edifício dos Paços do Concelho foi ontem aberto à população, após um período de requalificação. Encerrado nos últimos anos, depois da passagem dos serviços municipais para o edifício atual, a estrutura passou por uma requalificação geral de cerca de 800 mil euros, com apoio do Mais Centro – Programa Operacional Regional do Centro. Destinado a acolher os serviços de cultura do Município, o edifício contempla ainda um espaço museológico, com abertura prevista para 2017, ano de comemoração do Centenário das Aparições de Fátima.
“Esta pode ser uma rota complementar a Fátima”, referiu o presidente da Câmara, garantindo que, neste âmbito, se inclui, também, uma carta escrita pela irmã Lúcia a relatar a passagem dos videntes pela prisão. Paulo Fonseca referiu ainda que a criação do núcleo museológico em Ourém é uma “estratégia cultural, social, institucional, mas também turística e económica”, de forma a criar na sede de concelho uma ligação com o turismo de Fátima. “Há uma rica e suculenta história dos pastorinhos no concelho de Ourém e é importante que consigamos alargar a permanência dos turistas cá e contribuir para a visibilidade do nosso município”, frisou. Paulo Fonseca adiantou que a inauguração do edifício apenas se fará depois do processo de musealização estar concluído, o que se prevê que aconteça no primeiro semestre de 2017.
UM MOMENTO DE EVOCAÇÃO CULTURAL DE OURÉM, DA SUA HISTÓRIA E DA SUA GÉNESE – A apresentação do livro “Os Forais de Ourém”, publicação comemorativa dos 500 anos do Foral Manuelino, e a celebração dos 175 anos da elevação de Vila Nova de Ourém a Sede de Concelho marcaram a comemoração das Jornadas Europeias do Património em Ourém. Da autoria da Saul António Gomes, o livro narra a história da fundação do concelho de Ourém, possuindo fotografias dos documentos oficias que lhe deram estatuto de município. O estudo contou com a colaboração da Fundação Casa de Bragança. Neste dia tive ainda lugar na Vila Medieval de Ourém um momento de teatro, nomeadamente a reposição espetáculo “D. Afonso, Conde de Ourém, Príncipe de Portugal”, uma produção de O Nariz – Teatro de Grupo e do Grupo de Teatro Apollo. A jornada terminou com as comemorações dos 175 anos de elevação a Vila Nova de Ourém, momento que contou com a dramatização da entrega do alvará pela Rainha D.Maria II a Vila Nova de Ourém (1841), pelo Diônis Teatro de Grupo. A encenação contou com a representação das figuras da época e a leitura do documento para todos os presentes, abrindo-se depois o edifício à visita do público, com atuação musical da Chorus Auris da Academia de Música Banda de Ourém.