O Vinho Callum foi apresentado na passada sexta-feira, dia 22, num jantar que juntou os mentores do projeto, alguns produtores locais e também convidados como Adelina Martins, Diretora Regional da Agricultura, João Carvalho, Presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, o enólogo Pedro Teixeira, o historiador Leonel Azevedo e ainda, o Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, Fernando Jorge.
Neste jantar, o principal objetivo foi juntar os 54 produtores que venderam as uvas, no sentido de provarem o vinho que daí surgiu. Domingos Tiodósio e Sérgio Nunes são dois jovens que procuram dinamizar a casta Callum e conseguir um vinho de qualidade com uma identidade única. Perante os convidados, afirmaram que os próximos desafios passam pela certificação, pela constituição de marca e eventualmente a criação de uma Associação do Vinho Callum. O agradecimento ficou feito especialmente aos produtores e também a Fernando Jorge que os desafiou a abraçar esta ideia.
Por sua vez, o Presidente da Câmara apelou à plantação de videiras, que pode ser inclusive uma mais valia para os produtores. Fernando Jorge gostava de ver Oleiros como um polo de desenvolvimento não só do cabrito estonado mas também do Callum através de jovens como Domingos e Sérgio que apostaram no concelho. “Acredito que o vinho Callum pode ser um projeto de sucesso e uma fonte de riqueza”, finaliza. Adelina Martins, frisou que é este tipo de mais valias que tornam o território mais atrativo. Ainda nos discursos, João Carvalho enalteceu que o Vinho Callum já percorreu um grande caminho, tendo em conta que este é um trabalho que leva muitos anos. Conhecedor de uma vasta quantidade de vinhos verdes, o Presidente da Comissão Vitivinícola considera que “no aroma é o melhor!” e que este “é um vinho verde de alta qualidade”. Terminou dizendo que é importante que “um dia, sem ler o rótulo, se consiga dizer que é de Oleiros.”
O enólogo Pedro Teixeira, envolvido no projeto desde o início, afirma que este foi um vinho conseguido através do processo de vinificação tradicional. Com notas citrinas e florais, acidez equilibrada e persistente, Pedro Teixeira termina dizendo que este vinho “é um diamante em bruto com potencial para exportar”.
Tendo como certo que este é um vinho que não pode competir em termos de quantidade, a finalidade é que o faça em qualidade, o que pode até estimular a economia local. A apreciação geral foi a de um vinho muito bem conseguido e que tem potencial para revitalizar a produção do mesmo.
De relembrar que “Callum”, é o nome de uma casta de uvas característica de Oleiros, que dá origem a um vinho branco/verde de baixo teor alcoólico e de sabor intenso. Estas videiras resistiram à filoxera, uma grande praga que invadiu a Europa no século XIX e por isso, o Callum é considerado um vinho histórico.