Trinta anos depois da inauguração da Ponte de Álvaro, os maiores entusiastas para a construção desta obra que liga o concelho de Oleiros ao concelho de Pampilhosa da Serra foram lembrados através de uma placa afixada na estrutura. A iniciativa partiu da Casa da Comarca da Sertã e da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra, com o apoio dos Municípios de Oleiros e de Pampilhosa da Serra, no sentido de assinalar mais uma data comemorativa da Ponte de Álvaro, o acesso rodoviário que “encurtou” para cerca de 30 quilómetros a distância entre os dois concelhos vizinhos: Oleiros e Pampilhosa da Serra. Miguel Marques, Presidente da Câmara Municipal de Oleiros, recordou “todos aqueles que trabalharam afincadamente para que esta obra fosse possível”. Aproveitou ainda a ocasião para lembrar o trabalho levado a cabo pela Comissão Inter-Povoações Pró-Construção da ponte sobre o Rio Zêzere em Álvaro que só oito anos depois viu concretizada esta importante infraestrutura. “À época o Governo considerava que a travessa no rio poderia continuar a fazer-se mediante o recurso a um batelão. Está registado em diversos documentos, notícias, as provas do enorme esforço, a insistência e pressão que foi preciso fazer para que a obra fosse aprovada pelo Estado”. O Presidente da Câmara Municipal de Oleiros considera que estes territórios devem ser tratados de igual forma a outras regiões do país. Aliás, continuou, “temos muito mais condicionantes do que aqueles que vivem no litoral, pelo facto de este ser um território de floresta, pelo facto de termos esta biodiversidade, somos prejudicados quando queremos autorizar a instalação de investimentos industriais, de alojamentos turísticos ou outras situações, mas o Estado central não nos compensa face a estas restrições” O autarca de Oleiros apelou, por fim, ao reforço da união dos municípios, “para que a nossa voz possa ser ouvida em Lisboa”. O Presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, fez o mesmo apelo contra a formação “de quintais” que não abonam na defesa do desenvolvimento do território, “Afinal é isso que todos os autarcas, a bem das populações pretendem. Assinalar esta data é assinalar a instalação física de uma travessia que tem também uma carga emocional de dois concelhos vizinhos de boas relações, no passado, no presente e continuará, com certeza no futuro”. Após o descerramento da placa evocativa da data, a que assistiram as populações dos dois Concelhos, foi servido um lanche na Praia Fluvial de Álvaro.