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MÉDIO TEJO – Unidade Local de Saúde recolheu 227 órgãos em 15 anos de atividade ao serviço da causa da transplantação

A Equipa de Colheita de Órgãos e Tecidos do Serviço de Medicina Intensiva da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo esteve envolvida, nos últimos 15 anos, celebrados em maio de 2024, na colheita de 227 órgãos para transplantação, provenientes de 97 dadores. No primeiro semestre deste ano, foram colhidos na Unidade Hospitalar de Abrantes da ULS Médio Tejo sete órgãos para transplantação – três fígados e quatro rins – provenientes de três dadores. Foram ainda identificados por esta equipa altamente diferenciada sete potenciais dadores que, por motivos diversos, não foram elegíveis à dádiva de órgãos para transplantação. A ULS Médio Tejo contribuiu, desta forma, para que o país se mantenha com aqueles que são, a nível mundial, os terceiros melhores indicadores da colheita de órgãos. Na efeméride do Dia Mundial da Doação de Órgãos e da Transplantação, que se assinala a 20 de julho, os resultados acumulados dos últimos 15 anos colocam a atividade realizada pela equipa dedicada de Colheita de Órgãos e Tecidos da Unidade de Cuidados Intensivos da ULS Médio Tejo, em linha com a média nacional, com 35,8 dadores por milhão de habitantes (face a 30,8 a por milhão de habitantes). No entanto, em 2023, e depois de uma quebra muito abrupta de colheita de órgãos devido à pandemia de Covid-19, a taxa média de dadores e órgãos colhidos para transplantação na Unidade Hospitalar de Abrantes da ULS Médio Tejo atingiu 54,8 dadores por milhão de habitantes, demonstrando a motivação dos profissionais para esta nobre causa. A doação de órgãos, seja em vida, seja após a morte, é um dos maiores atos de bondade entre seres humanos. Trata-se de um gesto altruísta que vai beneficiar seres humanos que necessitam de um transplante de um órgão para continuarem vivas, ou para melhorarem de forma muito significativa a sua saúde e qualidade de vida. Atualmente são cerca de dois mil os doentes que aguardam um órgão para transplante. No passado ano foi registado um recorde nacional de transplantação de órgãos – 963 face ao recorde de 895 órgãos transplantados em 2017. Destes, 30 foram provenientes de 13 dadores do Médio Tejo. “Há 15 anos, embarcámos numa das missões mais nobres da Medicina moderna: salvar vidas através da doação de órgãos para transplantação. Ao longo dessa jornada, testemunhamos a força da compaixão humana e a transformação que um único gesto pode gerar. Hoje, Dia Nacional da Doação e Transplantação de Órgãos, celebramos os resultados excecionais alcançados pela nossa equipa multidisciplinar, mas jamais esquecendo que, por trás de cada órgão transplantado, existe uma história de amor, de perda, mas de esperança”, reflete Lucília Pessoa, Médica Intensivista, Coordenadora da Hospitalar de Doação de Órgãos da ULS Médio Tejo. “Com 15 anos de experiência, que acabámos de celebrar, reafirmamos o nosso compromisso com a dádiva para a transplantação. Continuaremos a trabalhar com afinco para salvar mais vidas, honrando a memória dos doadores através das vidas que estes possibilitaram salvar, com os seus órgãos, e esperamos a cada dia poder inspirar novas gerações para o poder transformador da doação de órgãos na saúde de milhares de pessoas”, acrescenta Nuno Catorze, Diretor do Serviço de Medicina Intensiva da ULS Médio Tejo. Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo remata: “Enfrentamos desafios constantes, pois a doação de órgãos é um tema complexo e sensível. No entanto, a nossa equipa especializada nunca desiste. Com empatia e foco, mantêm-se motivados para a identificação de potenciais doadores, passando também a mensagem de sensibilização da população sobre a importância desta nobre causa que a 20 de julho de assinala no calendário das efemérides nacionais”.