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MÉDIO TEJO – ULS realizou mais uma Sessão de “Discussão de Temas e Casos Clínicos” com a temática “Oncologia Cutânea”

A formação e colaboração entre profissionais da Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) é uma garantia de maior qualidade nos serviços prestados à nossa população. Assim, teve lugar a quarta Sessão de “Discussão de Temas e Casos Clínicos”. Estas sessões têm como objetivo fomentar a relação entre os Cuidados de Saúde Hospitalares e os Cuidados de Saúde Primários, incentivando à criação de pontes de comunicação e atualização científica mútua. César Martins, médico assistente graduado de dermatovenereologia da ULS Médio Tejo, foi o responsável por esta quarta sessão, com a apresentação do tema ““Oncologia Cutânea”. A oncologia cutânea envolve o estudo e tratamento das neoplasias da pele, com destaque para o carcinoma basocelular (basalioma), carcinoma espinocelular, e melanoma. Estas patologias estão estreitamente ligadas à exposição solar, especialmente à radiação ultravioleta (UV) e podem, em algumas circunstâncias, derivar de lesões pré-cancerosas. A queratose actínica é uma lesão pré-maligna que pode evoluir para carcinoma espinocelular. O tratamento depende da extensão e localização das lesões, com opções que incluem crioterapia, 5-fluorouracilo tópico, imiquimod, e terapia fotodinâmica. A intervenção precoce é essencial para prevenir a progressão para carcinoma. O carcinoma basocelular, é a neoplasia cutânea mais frequente. Tem crescimento lento e baixo risco de metastização, sendo a excisão cirúrgica a primeira linha de tratamento, garantindo a remoção completa da lesão. Alternativas como a terapia fotodinâmica e a crioterapia são viáveis em casos específicos, enquanto inibidores da via Hedgehog, como o vismodegib, podem ser eficazes em casos avançados ou inoperáveis. O carcinoma espinocelular, ou de células escamosas, é menos comum, mas possui um maior risco de metastização em comparação com o basalioma. O tratamento preferencial é a excisão cirúrgica, com margens de segurança adequadas. Em casos em que a cirurgia não é uma opção, a radioterapia pode ser utilizada. Para situações metastáticas a imunoterapia com inibidores do PD-1 tem mostrado resultados promissores. O melanoma é a forma mais agressiva de cancro da pele. Apesar de ser menos comum, é responsável pela maioria das mortes relacionadas com cancro cutâneo devido ao seu elevado potencial metastático. O diagnóstico precoce é crucial, sendo a excisão cirúrgica com margens amplas o tratamento primário. Em casos avançados, a imunoterapia, particularmente com inibidores do PD-1 e CTLA-4, e as terapias-alvo dirigidas a mutações específicas, como a BRAF, são utilizadas com sucesso crescente. A identificação precoce e o tratamento adequado das neoplasias cutâneas são fundamentais para prevenir a progressão da doença e reduzir a mortalidade. A educação para a proteção solar e a vigilância regular são cruciais na prevenção destas patologias, especialmente em grupos de risco. Se não teve oportunidade de assistir à Sessão Clínica a mesma encontra-se disponível aqui: https://youtu.be/AD7NS1zwluY