A Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo) acolheu, no último fim de semana, no Hospital de Tomar, o encontro anual do Conselho Português de Ressuscitação (CPR).
O evento reuniu mais de 80 profissionais de saúde provenientes de várias unidades de saúde de norte a sul do país, onde estão estabelecidas escolas de reanimação certificadas. Este encontro, que ocorre anualmente, tem como principal objetivo proporcionar um dia dedicado à formação e à atualização de conhecimentos para os profissionais de saúde que integram os centros de formação hospitalares na área da reanimação. “O trabalho desenvolvido no âmbito da formação em reanimação é essencial para garantir a aplicação das melhores práticas e, consequentemente, salvar vidas. É uma área onde o conhecimento deve estar sempre atualizado, e encontros como este são fundamentais para promover essa troca de saberes e experiências”, destacou o Nuno Catorze, médico, diretor do Departamento de Urgência da ULS Médio Tejo e coordenador do Núcleo de Formação nesta área. Fundado em 1997, o CPR é afiliado ao European Resuscitation Council (ERC), representando oficialmente esta entidade em Portugal. Nesse papel, o CPR é responsável pela certificação de formações em reanimação, cumprindo padrões técnico-pedagógicos estabelecidos a nível europeu. Desde 2012 o centro de formação da ULS do Médio Tejo é acreditado pelo INEM e desde 2018 pelo ERC/CPR, o que o torna um núcleo autónomo na formação de cursos como Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa, Suporte Imediato de Vida de adultos e pediátrico, bem como Suporte Avançado de Vida. Estas formações destinam-se a públicos variados, entre os quais médicos e outros profissionais de saúde, bem como a população em geral, com um enfoque nos jovens em idade escolar. “Em situações de emergência, cada segundo conta e é neste contexto que sobressai a formação certificada em reanimação. Ao dominar as técnicas de suporte básico, avançado e imediato de vida, podemos aumentar significativamente as chances de sobrevivência de uma vítima em paragem cardiorrespiratória”, explica Nuno Catorze. “A formação em reanimação é um dever cívico ao qual os profissionais do grupo de formação em reanimação da ULS Médio Tejo estão verdadeiramente comprometidos. Este ano, pretendemos intensificar as formações externas, capacitando tanto profissionais de saúde como a população a agir com confiança e rapidez em situações de emergência que envolvem paragem cardiorrespiratória”, assume o responsável no rescaldo do encontro deste fim de semana.