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MÉDIO TEJO – Partido Comunista «repudia» encerramento das urgências em Tomar e Torres Novas: «Resposta do Hospital de Abrantes será insuficiente»

Em comunicado enviado para a redacção da Hertz, o Partido Comunista «repudia» a recente decisão do Centro Hospitalar do Médio Tejo em avançar para o encerramento das urgências básicas dos hospitais de Tomar e de Torres Novas, entre a meia-noite e as oito de manhã, neste caso durante a fase pandémica em que nos encontramos, sendo que quem necessitar será encaminhado para a Unidade de Abrantes… que já é a referência na região no tratamento ao COVID-19. Nesse sentido o PCP «exige que o Governo tome as medidas necessárias e imediatas com vista a reverter esta decisão», advertindo mesmo que «a resposta do serviço de urgência de Abrantes será insuficiente, pondo em causa os cuidados de saúde a prestar».

Eis, então, o comunicado, na íntegra: «A Direcção da Organização Regional de Santarém (DORSA) do PCP manifesta a sua preocupação e repúdio quanto ao encerramento nocturno do Serviço de Urgência básica dos Hospitais de Tomar e Torres Novas a partir do próximo domingo, dia 5 de Abril e exige que o Governo tome as medidas necessárias e imediatas com vista a reverter esta decisão. O encerramento entre as 24h00 e as 08h00 é na prática antecipado para as 21 horas, porquanto a admissão de doentes a essas mesmas Urgências apenas poderá efetuar-se até essa hora, sendo inaceitável que em alternativa os doentes se tenham de deslocar ao Hospital de Abrantes. Tendo a área de Intervenção dos três hospitais que integram o Centro Hospitalar do Médio Tejo uma população na ordem dos 247000 habitantes e uma dispersão geográfica acentuada, a que se associa o facto de ser expectável uma maior afluência de casos de COVID-19 a partir dos próximos dias, no hospital de Abrantes, parece evidente que a resposta do serviço de urgência deste hospital será insuficiente, pondo em causa os cuidados de saúde a prestar. Naturalmente que o surto epidémico do COVID-19 que o distrito, o país e o mundo enfrentam hoje exige, antes de mais, que se priorize a adopção de medidas de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) capazes de responder não só ao surto epidémico mas, de uma forma contínua, a todas as outras necessidades de prestação de cuidados médicos. Neste contexto, compreendem-se medidas de reorganização dos serviços de saúde, mas sempre no sentido do seu reforço e da garantia de preservação das capacidades de resposta diversificada e não numa linha de mero encerramento de valências e unidades. É indispensável que o Governo procure o reforço das equipes médicas, de enfermagem e de outro pessoal de saúde, para fazer face à situação, designadamente com recurso às bolsas de profissionais disponíveis e a novas contratações. Para o PCP é obrigação do Governo tomar todas as medidas necessárias para impedir o encerramento do Serviço de Urgência dos Hospitais de Tomar e de Torres Novas, no período nocturno. Uma vez mais, quando os trabalhadores e o povo mais precisam do PCP, afirmamos que cá estamos e cá estaremos, com a nossa acção, mas também com a nossa presença onde for necessário».