Devido ao fluxo migratório que se tem registado em Portugal, também a região do Médio Tejo tem recebido milhares de imigrantes, com reflexo na comunidade escolar. Manuel Valamatos, presidente da Comunidade Intermunicipal, adiantou que o território regista, nesta altura, cerca de três mil alunos estrangeiros, num cenário que inverteu uma tendência, «de décadas», de perda de população de estudantes. O autarca fala mesmo em «inversão brutal», deixando claro que está em causa «uma oportunidade para o Médio Tejo», que deve capitalizar estes agregados familiares, recebendo-os e integrando-os bem: «Daquilo que sei, acho que há mais de três mil alunos na nossa região. Andámos décadas a perder alunos no pré-escolar e no 1.º ciclo e desde há três anos a inversão tem sido brutal. Aquelas que achavam que as escolas recentemente feitas tinham muitas salas de aula, agora já não acham isso. As nossas escolas estão a ter uma ocupação mais intensa, o que é bom para otimizar todos os recursos. Do ponto de vista pedagógico, é bom termos turmas preenchidas. É uma oportunidade para agarrar toda esta gente, integrá-los bem… ».