«Há menos água… e isso é um problema». Esta frase serve de alerta perante aquilo que o futuro nos pode reservar e foi dita, em entrevista à Hertz, por Filipe Ribeiro, investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente. Está em causa uma equipa que centra os seus trabalhos «nos problemas e desafios da sociedade, em estreita parceria com centros de investigação nacionais e internacionais», como está na respetiva apresentação do MARE. E esta equipa, refira-se, está no terreno desde 2016 para controlar as comunidades piscícolas do rio Tejo. Filipe Ribeiro diz que está em causa uma nonitorização de 12 pontos de amostragem, entre a Albufeira do Fratel e Salvaterra de Magos:
A Hertz questionou Filipe Ribeiro em torno da suposta presença, em menor número, de espécies como o sável e a lampreia, na sequência até de alertas que alguns presidentes de Câmara do Médio Tejo já tornaram públicos. O investigador refere que «ainda é cedo» para tirar conclusões, ainda que admita que, efetivamente, há esse registo de diminuição assente noutros trabalhos já realizados:
O objectivo desta equipa passa, precisamente, por perceber o impacto de espécies invasoras junto das nativas, a exemplo da enguia-europeia, do sável ou do barbo. Neste particular, a presença do siluro é cada vez mais evidente. Está em causa um peixe que pode aproximar-se aos três metros de comprimento, chegar aos 130 quilos… e viver perto de 70 anos. Filipe Ribeiro fala num conjunto de «pressões» com que o Tejo se depara:
Foto Município de Vila Nova da Barquinha, Facebook