Os médicos associados a empresas que prestam serviços no Centro Hospitalar do Médio Tejo, já não deverão cumprir as ameaças de paralisação que estavam previstas para a meia-noite deste sábado ou da próxima segunda-feira por causa de alegados salários em atraso. Segundo informações recolhidas pela Hertz, a Administração do Centro Hospitalar terá encetado um processo negocial onde foi garantido a estes profissionais de saúde que até à próxima quarta-feira a situação estaria resolvida. Face a esta promessa os médicos decidiram aguardar, não levando assim por diante uma eventual paralisação.
Tal como a Hertz tinha avançado, em exclusivo, diversos profissionais estavam em vias de rejeitar prestar serviço nas urgências dos hospitais de Tomar e Abrantes por, alegadamente terem vários meses de salários em atraso. Os médicos em causa estavam dispostos a não comparecer ao serviço na transição do dia 31 de Outubro para 1 de Novembro, ou seja, a partir da meia-noite, o que causaria enormes transtornos nas urgências. Outro cenário que se colocou, era do protesto decorrer de segunda para terça-feira próximas «para não comprometer o atendimento durante o fim-de-semana».
Entretanto já esta sexta-feira num esclarecimento remetido para a redacção da Hertz, a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo não confirmava, nem desmentia, a existência de salários em atraso relativamente a médicos associados a empresas que prestam serviços na área da saúde, ou seja, que não pertencem aos quadros daquele organismo. Questionado sobre se confirmava este cenário, o CHMT limitou-se a dizer que «as empresas, às quais estão associados os médicos em prestação de serviço em causa, têm sido reiteradamente informadas do andamento jurídico-processual dos mesmos, não havendo nada de diferente no Centro Hospitalar do Médio Tejo em relação a qualquer outra unidade hospitalar do Serviço Nacional de Saúde».