Um estudo levado a cabo no âmbito do ACES do Médio Tejo para definir o perfil de saúde revela dados preocupantes na evolução de determinadas doenças e comportamentos negativos. Em entrevista à Hertz, Maria dos Anjos Esperança, delegada de Saúde, referiu que o estudo não deixa dúvidas quanto ao aumento de problemas como a diabetes, a obesidade ou o consumo de drogas: «Este perfil de saúde foi elaborado por todo o ACES do Agrupamento de Centos de Saúde do Médio Tejo, com a coordenação da Unidade de Saúde Pública e também com a colaboração do Conselho Clínico das Unidades Funcionais. Contribuíram, também, alguns parceiros externos, nomeadamente municípios, serviços de educação, forças de segurança, entre outros. De todos os inscritos no Agrupamento, 21,5% tem um diagnóstico de hipertensão arterial; com depressão há 1,3%, enquanto que com diabetes há 7,2%. Nos últimos anos, refira-se, houve um aumento do consumo de substâncias psicoactivas, sobretudo entre jovens que frequentam o ensino superior. Nos doze meses anteriores à efectivação deste plano de saúde, 35% dos jovens referiram que se embriagaram, 54% consumido tabaco e 28% consumiram cannabis. Alguma coisa temos que fazer para inverter estes actos. Por outro lado, a avaliação do estado nutricional das crianças, efectuado em 2014, e constatamos que em crianças até aos dez anos, 9% têm excesso de peso, 14,1% com obesidade e 1,4% com baixo peso». Em face deste quadro negativo do perfil de saúde na região, o ACES concluiu também já um Plano Local de Saúde que envolve diversos parceiros e que estipula prioridades de acção dos centros de saúde com base em dados dos concelhos que compõem o Médio Tejo para combater os problemas agora revelados.