O Centro Hospitalar do Médio Tejo, estrutura que congrega os hospitais de Tomar, Abrantes e Torres Novas, tornou oficial, em comunicado, que Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração, foi convidado pelo Ministério da Saúde para a transição do Hospital de Vila Franca de Xira para o sector público, enquanto hospital empresa pública e no âmbito da reversão da Parceira Pública Privada (PPP) que tem gerido esta Unidade Hospitalar. Carlos Andrade Costa já aceitou o convite da tutela, comunicando a cessação de funções aos funcionários do CHMT, agradecendo a todos: “Faço-o com a consciência de que encerro, assim, um dos períodos mais gratificantes do meu percurso profissional de quase trinta anos na gestão de hospitais. A experiência de ter servido o CHMT é inesquecível e, sinceramente, muito fico a dever a todos”. No texto que enviou a todos os funcionários do Centro Hospitalar do Médio Tejo, Carlos Andrade Costa sublinhou o percurso realizado nos últimos quase sete anos, afirmando que “nestes seis anos e muito, pudemos acrescentar muito valor ao nosso CHMT. Desde logo no enriquecimento dos seus recursos humanos, que cresceram em valores muito consideráveis. Em 30 de Junho de 2014 o CHMT contava com 1.690 profissionais no seu respetivo Quadro de pessoal. A 31 de Março de 2021, já eramos 2.105. A que se acrescentará, num momento e no outro, um conjunto expressivo de prestadores de serviço. Uma das prioridades foi, sempre, aumentar o número de profissionais diretamente afetos à prestação de cuidados, com uma muito particular preocupação no aumento do número de médicos. Tal como no desenvolvimento dos graus de idoneidade formativa de futuros especialistas médicos. Por outro lado, é muito expressivo o rejuvenescimento das médias etárias ao nível médico, de enfermagem e dos técnicos de diagnóstico e tratamento. Todas as oportunidades de contratação, em especial nestes grupos profissionais, foram aproveitadas de forma decidida. Sempre em articulação com a nossa Tutela. Entre 01 de julho de 2014 e também 31 de Março de 2021 investimos cerca de 15,6 milhões de euros. Valor que crescerá, muito, se considerarmos os investimentos aprovados e que se encontram agora em fase inicial, como e por exemplo a instalação da Ressonância Magnética ou o novo aparelho de TAC. Ou, ainda, a criação da valência de internamento em Fisiatria. Já para não recordar o investimento na Requalificação da Urgência Médico-Cirúrgica. A que, ainda, acrescerá as novas instalações para o Serviço de Gastroenterologia. Com todos estas iniciativas ultrapassamos os 20 milhões de euros em investimentos. Certamente que todos temos facilidade em recordar vários outros dos investimentos realizados. Sendo que a área da Imagiologia terá sido das mais expressivas. Mas a relevância de cada um dos investimentos realizados não se mede, apenas, pela sua expressão financeira. A criação do Hospital de Dia de Medicina Interna ou a criação da Unidade de Hospitalização Domiciliária enfatizaram a importância da Medicina Interna numa prática clínica diferenciada. Como aquela que sempre distinguiu o CHMT. Medicina Interna onde muito se privilegiou a contratação de novos médicos. E neste particular o salto que demos foi muito expressivo nestes quase sete anos de trabalho conjunto. Dotar cada uma das três Unidades hospitalares do CHMT com um aparelho de Tomografia Axial Computorizada e, ainda, a Urgência Médico-Cirúrgica de um aparelho de Ressonância Magnética – a primeira pública no Distrito de Santarém – foi um compromisso assumido como imprescindível para a inequívoca diferenciação do parque tecnológico do CHMT e aumento da segurança clínica. A expansão e renovação da Unidade de Diálise foi outro passo muito relevante para todo o CHMT e, em particular para a Unidade hospitalar de Torres Novas. A expansão e modernização dos meios técnicos ao dispor da nossa Medicina Intensiva foi outro aspeto que se assumiu sem hesitações. Tal como a renovação tecnológica nos Blocos Operatórios. E, aqui, com particular destaque para a Unidade hospitalar de Tomar. A requalificação das instalações da Urgência Médico-Cirúrgica está, agora, a ser tramitada em termos de procedimentos concursal para escolha da entidade que concretizará este investimento muito relevante para a afirmação do CHMT. Projetando a sua importância estratégica. A este investimento acrescerá, como referido acima, a construção da nova área da Consulta Externa na mesma Unidade hospitalar. Bem como a nova área de exames especiais de Gastroenterologia. O investimento no Serviço de Patologia Clínica, muito acelerado pela pandemia, foi outro marco no CHMT e o tornou imprescindível na capacidade de testagem em toda a Região de Lisboa e Vale do Tejo. Em seis anos muito se fez, com o extremo empenho de todos. E neste último ano, ao atravessarmos toda a turbulência provocada pela pandemia, o CHMT deu a todo o Serviço Nacional de Saúde inequívocos exemplos da sua enorme maturidade Institucional e competências clínicas. Cesso o meu serviço ao vosso serviço com um indisfarçável sentimento de gratidão. Gratidão a todos», reforça, assim, Carlos Andrade Costa, em comunicado.