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MÉDIO TEJO – Deputados eleitos pelo PS pedem explicações ao Governo sobre o estado da saúde na região e no distrito de Santarém

Os cinco deputados do PS eleitos pelo distrito de Santarém – Hugo Costa, Alexandra Leitão, Mara Lagriminha, Manuel Afonso e Francisco Dinis – pediram ao Governo um ponto de situação sobre o estado da saúde na região. Num conjunto de perguntas endereçadas ao Ministro da Saúde, os eleitos colocam algumas questões sobre os investimentos a acautelar para assegurar o correto funcionamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Os deputados querem saber se as necessidades em termos de recursos humanos já estão acauteladas no Hospital Distrital de Santarém e no Centro Hospitalar do Médio Tejo, incluindo nas várias valências que foram disponibilizadas para dar resposta à população. “Aumentou ou não o quadro de pessoal de médicos especialistas, internos, médicos das especialidades, mas também outras áreas de diagnóstico? No que se refere à urgência, tem ou não havido resposta de prestadores de serviços para que não se estrangule esta resposta de emergência? Durante o último ano, tem ou não sido feito um esforço colossal para diminuir a lista de espera nas valências hospitalares e em que medida estão atualmente esses números?”, perguntam os deputados. São conhecidas as dificuldades no que se refere ao trabalho suplementar, que no caso destas unidades hospitalares tem criado alterações substanciais, nomeadamente, nas urgências. Tal tem levado vários médicos especialistas e internos de especialidade a manifestarem a sua indisponibilidade para prestarem todo e qualquer trabalho suplementar para além do limite máximo das 150 horas, o que tem obrigado a alterações na gestão interna das cirurgias. Os deputados pretendem por isso saber que medidas estão previstas a breve trecho para fazer face a esta situação. Os deputados lembram ainda que estarão em funcionamento, em breve, duas ULS – Unidade Local de Saúde, na Lezíria e Médio Tejo, no distrito de Santarém. Trata-se de um modelo que pretende otimizar recursos e aproximar de forma integrada os serviços que os cidadãos precisam, procuram e necessitam e também por isso deixam a questão. “Para quando e em que medida estas unidades reforçarão a resposta no caso em concreto do Distrito de Santarém?” Nos últimos anos o país teve de enfrentar enormes os desafios que a pandemia trouxe, o que exigiu um esforço redobrado do Serviço Nacional de Saúde e de todos os profissionais de saúde, reconhecem. “Valorizamos muito o esforço e trabalho que foi feito na região, quer no Hospital Distrital de Santarém, quer no Centro Hospitalar do Médio Tejo, que deve ser reconhecido e apoiado com a alocação de mais recursos”, sublinha o deputado e presidente da Federação Distrital de Santarém do PS, Hugo Costa. Os deputados recordam que o Orçamento do Estado para 2023 contemplou a maior verba de sempre na área da saúde, reforçando o investimento nos cuidados de saúde primários e hospitalares, mas também com medidas que visam a longo prazo uma maior estabilização na resposta de saúde que deve ser atempada para os utentes e valorizada para os profissionais. Para isso foi criado o regime jurídico de dedicação plena no SNS e o regime de organização e funcionamento das Unidades de Saúde Familiar, procedendo, ainda, a atualizações das tabelas remuneratórias dos médicos e médicos internos. Os eleitos defendem que é “fundamental a continuação do investimento que tem sido feito nos últimos anos nesta rede hospitalar”, que no caso do Hospital Distrital de Santarém foi de cerca de 21 milhões de euros, em obras e equipamentos, e no caso do Centro Hospitalar do Médio Tejo ascendeu a cerca de 23 milhões, o que incluiu as obras da consulta externa e urgência. Ainda no caso do Hospital Distrital de Santarém foram criadas novas valências que anteriormente não existiam, como cirurgia plástica, cirurgia cardiotorácica, hematologia clínica, imuno-hemoterapia, imunoalergologia e neurorradiologia. As duas estruturas hospitalares abrangem perto de meio milhão de habitantes, com características muito particulares: envelhecida, dispersa geograficamente e com uma fraca rede de transportes, alertam os deputados.