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MÉDIO TEJO – Coronavírus. Serviço de Patologia Clínica desenvolve estudo de imunidade contra a doença

Carlos Cortes, médico e diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHMT – Centro Hospitalar do Médio Tejo, foi entrevistado na SIC Notícias a propósito do estudo que tem vindo a desenvolver no âmbito da vacinação e imunidade contra a COVID-19 em cerca de 1000 profissionais de saúde desta Instituição. A imunidade híbrida, que também tem sido objeto deste estudo, é uma imunidade que conjuga a infeção por COVID-19 com a vacina contra esta mesma infeção, e que confere um mais elevado grau de proteção. Quem teve a doença e depois é vacinado tem mais anticorpos no sangue do quem é somente vacinado, assim apontam dados do referido estudo. Ou seja, a imunidade híbrida é uma imunidade à doença conferida, em simultâneo, pela infeção e pela vacinação. “Quem teve doença e depois é vacinado tem mais anticorpos no sangue que alguém que somente foi vacinado”, refere o diretor do Serviço de Patologia Clínica do CHMT. Carlos Cortes explica ainda que este estudo do CHMT conjuga o estudo da imunidade humoral e celular, sendo que esta última tem sido muito pouco estudada, sendo no entanto a mais importante, pois é ela que retém a memória do vírus. Sobre a possível entrada da doença na fase endémica da pandemia, Carlos Cortes alerta para a necessidade de nos mantermos alerta, afirmando que “existem várias doenças endémicas” no mundo, como a tuberculose e a malária, que são mortais. “Mesmo que se possa entrar numa fase de endemia, a única coisa que isso nos traz é ser mais previsível e controlável. Podemos entrar numa situação como a gripe, em que a COVID-19 pode ser controlada a nível mundial, podemos preparar-nos”, conclui.