A Comissões de Utentes dos Serviços Públicos da Região do Médio Tejo já reagiu aos descontos anunciados para as portagens nas autoestradas A23 e A13. Num texto enviado para a nossa redacção, este movimento de cidadãos acusa o Governo de «prometer muito… e dar tão pouco», uma análise que se justifica – refere o mesmo comunicado – pelo facto de esta medida só beneficiar apenas quem faz «uma utilização intensiva dessas vias», ou seja, tal como a Hertz adiantou em tempo oportuno, os primeiros sete dias em cada mês continuarão a não ter qualquer desconto». A Comissão refere, desta forma, que «os utentes que se têm de deslocar às unidades hospitalares do Médio Tejo, duas vezes por semana, não têm direito a qualquer desconto. Para grande parte da população e as suas actividades económicas ou outras, estas medidas não têm qualquer efeito». Ou seja, reforça o mesmo texto, «continuaremos a ver centenas e centenas de veículos dentro das zonas urbanas, provocando a insegurança, a contaminação ambiental e a degradação dos pavimentos». A «abolição das portagens», sublinha a Comissão, é a «medida correcta».