Num esclarecimento remetido para a redacção da Hertz, a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo não confirma, nem desmente, a existência de salários em atraso relativamente a médicos associados a empresas que prestam serviços na área da saúde, ou seja, que não pertencem aos quadros daquele organismo. Questionado sobre se confirmava este cenário, o CHMT limitou-se a dizer que «as empresas, às quais estão associados os médicos em prestação de serviço em causa, têm sido reiteradamente informadas do andamento jurídico-processual dos mesmos, não havendo nada de diferente no Centro Hospitalar do Médio Tejo em relação a qualquer outra unidade hospitalar do Serviço Nacional de Saúde».
Nesse mesmo texto, o Centro Hospitalar do Médio Tejo assegura que «tudo tem feito para que a tramitação processual em causa esteja concluída o mais rapidamente possível, mas esta mesma tramitação processual em nada põe em risco a prestação de cuidados de saúde à população». Se se confirmar o protesto dos referidos médicos, algo a que a administração do Centro Hospitalar também não faz referência, é garantido, no esclarecimento em causa, «que não está prevista qualquer ruptura nos serviços de urgência do Centro Hospitalar do Médio Tejo».
Tal como a Hertz avançou, em exclusivo, diversos profissionais estão em vias de rejeitar prestar serviço nas urgências dos hospitais de Tomar e Abrantes por, alegadamente, terem salários em atraso. Por aquilo que a nossa redacção apurou, os médicos em causa estão dispostos a não comparecer ao serviço na transição do dia 31 de Outubro para 1 de Novembro, ou seja, a partir da meia-noite, o que causaria enormes transtornos nas urgências. Outro cenário que se coloca, admite a nossa fonte, é de que este protesto decorra de segunda para terça-feira próximas «para não comprometer o atendimento durante o fim-de-semana».
Geniumsana garante prestação de serviços – Entretanto, numa nota que chegou à nossa redacção, a empresa Geniumsana, serviços médicos e engenharia, assegurou que «como profissionais responsáveis e sabendo da importância que tem para o bem-estar e a segurança da comunidade o normal funcionamento dos referidos serviços» fica a garantia de que a empresa «e respectivos colaboradores irão assegurar o normal funcionamento dos referidos serviços nos termos previstos e contratados». Neste esclarecimento, à semelhança do que acontece com a administração do CHMT, também não se confirma, nem desmente, o cenário de salários em atraso.