CULTURA

MAÇÃO – Museu reabriu há 20 anos

A 18 de março de 2005 o Museu de Mação reabriu após uma enorme transformação, sempre assente numa história muito anterior à comunidade! O Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo assinalou 20 anos! Pela vontade das comunidades do concelho de Mação e com o impulso de João Calado Rodrigues e de Maria Amélia Horta Pereira, o Museu de Mação é um dos mais antigos museus municipais de Portugal. Há 25 anos atrás, com a descoberta de um cavalo paleolítico desenhado nas rochas do Ocreza, iniciámos uma consulta pública sobre o futuro do Museu, na qual participaram mais de 800 cidadãos do concelho. Dela resultou um programa, aprovado pelo Município dois anos mais tarde. Vinte e cinco anos depois, o projeto que foi discutido com a população do concelho está concretizado: o Museu é uma referência nacional e internacional e em diferentes espaços do Concelho foram desenvolvidos projetos de memória e história que se vão concretizando: escavações arqueológicas em diversos locais, espaços de memória, o Núcleo da Ortiga, o futuro Núcleo de Envendos, trabalhos em todas as freguesias do Concelho, … Ao mesmo tempo, o Museu passou a ser espaço de formação para alunos de mestrado e doutoramento de todo o mundo, de formação em proteção civil e de estudos avançados com o Centro de Geociências e o Instituto Terra e Memória. Em Maçã nasceu, em 1919, um novo programa da UNESCO sobre sustentabilidade, e Mação conta hoje com quatro selos UNESCO: a cátedra do IPT, o agrupamento de escolas Verde Horizonte, a Biblioteca Municipal e, com destaque, o reconhecimento de Mação como Cidade Unesco da Aprendizagem.

«Há muito ainda para fazer, mas como antes precisamos de definir objetivos ambiciosos, mas realistas, em que a grande maioria das comunidades de Mação se possam rever. O Museu Municipal foi renovado e, desde agosto do ano passado, disponibilizou novos recursos que têm sido utilizados pela comunidade de Mação.  Juntamente com o Núcleo Museológico da Ortiga, o Parque Arqueosocial do Andakatu e o Instituto Terra e Memória, temos hoje diversos espaços que têm recebido a contribuição e o carinho da comunidade do Concelho», reforça a autarquia em recente nota de esclarecimento. «Nestes 25 anos, cometemos certamente diversos erros, mas graças à relação permanente com as pessoas do Concelho e ao apoio do Município, creio que o balanço é positivo. Podemos agora encarar um novo ciclo, em que se mantenha o que já conseguimos, mas em que se melhore o que não foi possível fazer ainda. Tal como há 20 anos atrás, só com a opinião de todos é que poderemos avançar de forma segura, confiante e útil. Por isso, pedimos a todos que contribuam com as vossas ideias, críticas e sugestões. Assim, pedimos que responda a algumas questões. O inquérito é anónimo. Há diversos aspetos que pensamos que é preciso melhorar no futuro, mas sabemos também que não será possível fazer tudo o que gostaríamos. Por isso, a sua opinião é muito importante, e será considerada na definição das prioridades para os próximos anos», acrescenta o mesmo texto.