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MAÇÃO – Empresas de telecomunicações estão a cobrar por serviços que ficaram inactivos desde os incêndios que devastaram o concelho

Dois meses após os incêndios que fustigaram o concelho de Mação há, ainda, localidades que não têm telecomunicações, com uma fraca cobertura de rede móvel que tem causado transtornos, em especial à freguesia de Carvoeiro. Na sequência destes problemas, os deputados Duarte Marques e Nuno Serra, eleitos do Partido Social-Democrata no distrito de Santarém, questionaram o Governo e a ANACOM. No texto em causa, é referido que as aldeias de Frei João, Balanço, Maxieira, Sanguinheira, Capela, Pracana Cimeira, Pracana Fundeira, Pereiro, Feteira, Galega, Rouqueira, Quebrada, Vale de São Tiago, Eira, Vale de Pedro Aires, Vale da Casa Cimeira e Degolados como afectadas decorridos estes dois meses, sendo que, é feito esse lamento, «na freguesia de Envendos, por exemplo, as situações mais problemáticas são Carrascal e Zimbreira, que também continuam sem telefone de rede fixa».

Serviços de televisão «funcionam de forma muito deficitária», assegura o presidente da Junta de Freguesia de Envendos, Joaquim Silva. Referido, ainda, que pediu a algumas operadoras para reforçar a rede mas não atenderam o seu pedido. “Continua tudo na mesma”, afirmou o autarca. Toda a freguesia de Envendos esteve sem qualquer tipo de comunicação durante tempo de mais (fibra, Internet ou rede fixa – “de 24 de julho a 12 de agosto e depois de 16 de agosto até dia 22”) acrescentou Joaquim Silva.
«Mas a gravidade da situação não fica por aqui», lamentam os deputados, que asseguram que «as operadoras continuam a cobrar as facturas» como se os utilizadores pudessem usufruir dos serviços, diz ainda o autarca Joaquim Silva.

Duarte Marques e Nuno Serra referem que «é imoral a contínua cobrança por um serviço que se encontra suspenso. A PT e este contrato em particular têm obrigações de Serviço Público que não podem ser ignoradas. E enquanto os dias passam, devem ser exigidas explicações aos operadores, particular à PT/Altice que apesar de ter obrigações de “serviço público” não se justifica e refere unicamente que “é para breve. Os trabalhos estão em curso”. Ora, estas explicações são manifestamente insuficiente e inaceitáveis. As populações continuam a pagar um contrato do qual não usufruem».

Eis as questões colocadas pelos deputados do PSD:

«1 – O que é que o Governo está a fazer para ajudar a resolver e a repor esta situação ?

2 – Neste contexto, qual o ponto da situação no que diz respeito à reposição da rede fixa de telefone no distrito de Santarém?

3- Que iniciativas irá o governo promover para repor a situação e compensar as populações pelos danos e custos suportados?».