O Município de Leiria realizou, esta quarta-feira, uma sessão pública de apresentação dos trabalhos de construção da rotunda na EN242, junto à Zona Industrial da Barosa, onde foram explicados pormenores técnicos, os motivos da duração e valor da obra e os constrangimentos de trânsito previstos. Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal, afirmou que “não há nenhuma obra sem obra”, referindo-se ao impacto dos trabalhos, e defendeu que é uma “obra ambicionada”, mas que “está muito atrasada, porque deixou de ser prioridade a partir do momento em que se fez a A8”. No entanto, para o autarca, a via ganhou uma “pressão enorme” nos últimos anos, além de que será também o principal acesso à futura estação da Linha de Alta Velocidade, a construir na Barosa.
Segundo o vereador das Obras Municipais | Freguesias, Ricardo Santos, o grande objetivo da empreitada passa pela “melhoria da segurança rodoviária” daquela que é “a estrada nacional com mais tráfego no distrito, a seguir ao IC2”. Este foi um projeto sofreu alguns atrasos, esclareceu o vereador, devido principalmente à necessidade de negociar cedência de propriedades, para que os trabalhos pudessem ser devidamente executados, o que levou ao aumento do valor de investimento inicialmente previsto. “Nós temos de garantir a fluidez do trânsito, considerando o elevado tecido empresarial da zona”, indicou Ricardo Santos, daí os 540 dias de duração estimada para a obra, acrescentando, no período de perguntas e respostas, que o Município está disponível para defender a isenção de portagens na A8, entre Leiria e Marinha Grande.
«Da parte do público presente, a grande preocupação foi a circulação dos veículos pesados e o acesso às respetivas empresas, tendo o vereador garantido que, para além da sensibilização já feita junto da grande maioria das entidades ali instaladas, o projeto já prevê soluções para minimizar os constrangimentos ao trânsito pesado. De recordar que a obra de construção desta nova rotunda teve início também esta quarta-feira, e tem um investimento estimado em 1.252.789,60 euros e um prazo de execução previsto de 540 dias (um ano e meio)», refere a autarquia em nota de esclarecimento. «Os trabalhos, divididos em três fases com uma duração de seis meses cada, irão obrigar a alguns constrangimentos na circulação rodoviária e, na primeira etapa, o acesso à EN242 para quem provém do centro da Barosa e pretenda seguir no sentido da Marinha Grande será cortado, sendo criadas duas novas faixas de entrada na estrada nacional na Rua Marco da Légua, uma dela dedicada a veículos pesados. Considerando que o atual desenho do cruzamento se encontra desadequado ao crescente fluxo de tráfego verificado nos últimos anos e à evolução da área industrial, o Município encara a opção da rotunda como a solução para a redução da sinistralidade, a acalmia do trânsito e o aumento do potencial de desenvolvimento económico da zona», acrescenta o mesmo texto. «Para além da implementação de um novo sistema de drenagem pluvial e de melhor iluminação, a obra prevê ainda intervenção nos acessos à Rua dos Petigais e à Rua das Acácias, a plantação de árvores na ilha central da rotunda e a reinstalação da rede aérea de baixa tensão no subsolo. A intervenção resulta de um acordo de gestão assinado em 2021 com a Infraestruturas de Portugal (IP), que assumirá uma parte das despesas com a obra, até ao valor de 600 mil euros», reforça essa publicação.
