Continua a troca de palavras em torno do recente 1 de Maio, no que diz respeito à não-realização do mercado e da feira semanal em Tomar. João Tenreiro, vereador do Partido Social-Democrata, em entrevista concedida à Hertz, garante não estar «em despique» com o vereador Bruno Graça, mas lamentou que o eleito da CDU olhe ainda para o PSD como «um partido fascista». Tenreiro voltou a questionar porque motivos a maioria que gere o Município não atendeu aos desejos dos comerciantes, aproveitando, ainda, para “corrigir” Hugo Costa, presidente da Concelhia do Partido Socialista. O vereador do PSD recuou até à recente Assembleia Municipal para justificar a decisão que a sua bancada teve em abandonar os trabalhos: «Foi uma decisão para dar a entender ao executivo que gere a Câmara de Tomar, caso do PS e da CDU, para demonstrar que não se pode ter dois pesos e duas medidas. Não se pode obrigar uns trabalhadores a manterem-se na Assembleia no dia 1 de Maio e não permitir que os comerciantes trabalhem quando a maioria assim o desejava. Ao contrário daquilo que o líder do PS diz, sempre que este feriado calha a uma sexta-feira, faz-se o mercado na sexta-feira. Por isso, é falso o que ele diz. Algumas pessoas dizem que entro muito em despique com o vereador da CDU mas eu não entro em despique. O vereador da CDU é que gosta de entrar em despique com o PSD porque ainda não passou a fase da queda do muro. Para ele, o PSD ainda é aquele partido fascista que deve ser combatido. Enquanto estivermos agarrados a estas questões, o concelho de Tomar não anda. Qual era o problema de abrir o mercado no dia 1 de Maio? Não havia problema nenhum. As pessoas queriam o mercado aberto. Era mais pessoas em Tomar, era uma maior vitalidade… Só porque isso obrigava a quatro trabalhadores da Câmara a trabalhar nesse dia? O direito deles era assegurado. Eles descansavam nos três dias sequentes e recebiam a dobrar. É o que diz a Lei».