Num comunicado enviado para a redacção da Hertz, os Independentes por Tomar respondem a um texto que a CDU tinha enviado para alguma comunicação social (Hertz não incluída), escrito esse onde a Coligação Democrática Unitária fez algumas considerações relativamente à não-realização do mercado municipal e da feira no dia 1 de Maio (feriado nacional), apontando o dedo a Partido Social-Democrata e Independentes. Na recente reunião de Câmara, Pedro Marques, vereador dos Independentes, já tinha “respondido à letra”, sendo que, agora, é, então, tornado público a reacção oficial dos Independentes:
«Na sequência de um texto publicado nos jornais locais como direito de resposta do grupo municipal da CDU, no qual se fazem acusações infundadas e provocatórias aludindo-se a uma suposta dependência dos cidadãos eleitos pelo Movimento de Cidadãos INDEPENDENTES por TOMAR, cumpre-nos recordar que os actos costumam desmentir os discursos, como bem se comprova pela missiva.
Não fosse o respeito pelo direito ao esclarecimento dos nossos eleitores e dos tomarenses, seria quase nula a importância que dávamos a este infeliz texto do grupo municipal da CDU, cujos elementos desafiamos a provar quem depende de quem e do quê.
Causa-nos estranheza – ou talvez não – que, quem se auto intitula defensor acérrimo da democracia e dos direitos dos trabalhadores, questione anti democraticamente o direito ao contraditório e à pluralidade de entendimentos da realidade e ainda que questione de forma extemporânea e inusitada a índole ou o carácter de quem, eleito por outras opções, sempre tem procurado defender os cidadãos e os interesses do concelho de Tomar.
Não nos revemos em pensamentos únicos e muito menos em entendimentos da realidade que não contemplem o nosso direito a sermos porta-voz dos anseios de cidadãos tomarenses, no caso os cerca de 150 vendedores que subscreveram um pedido de realização do mercado semanal do dia 1 de Maio.
A quem se intitula defensor dos agentes da economia local, como é o caso do Vereador da CDU, vale a pena refletir sobre o que terá levado esses vendedores a fazer chegar o seu anseio à reunião do Executivo Camarário através dos INDEPENDENTES por TOMAR e não ao Vereador da CDU, responsável pelo pelouro dos Mercados e Feiras.
Passemos então ao que aqui nos traz, a comemoração do 1º de Maio e a decisão da coligação PS/CDU de responder negativamente ao pedido de abertura do Mercado Municipal nesse mesmo dia, sem diálogo e sem qualquer alternativa.
O 1º de Maio consagra a luta dos trabalhadores pelo direito a um trabalho digno que lhe permita assumir a sua cidadania e afirmar a sua autodeterminação e nisto estamos de acordo com os responsáveis da coligação PS/CDU.
Mas é exactamente este direito à autodeterminação que é posto em causa, quando o Vereador da CDU decidiu, em primeira instância a não realização do mercado semanal no dia 1º de Maio, sem considerar as dificuldades por que passam os agentes económicos.
Mas, terá imperado o bom senso da Presidente de Câmara que, numa tentativa de minimização de prejuízos, anunciou a antecipação do mercado para 5ª feira.
Em tempos de crise como os que vivemos seria de elementar justiça que a coligação PS/CDU se tivesse preocupado em ouvir os vendedores do mercado propondo-lhes até uma alternativa ao funcionamento do mercado semanal neste dia feriado.
Lembramos aqui os milhares de trabalhadores que no dia 1º de Maio terão de estar de serviço para que possamos suprir as nossas necessidades de saúde, segurança, proteção civil e de transporte, nomeadamente, para permitir aos portugueses comemorar o dia de todos os trabalhadores.
Para eles vai o nosso mais profundo reconhecimento!
Por fim, queremos afirmar que não participámos em nenhuma guerra de alecrim e manjerona, demos sim voz a um conjunto de trabalhadores que lutam pela sua subsistência e pela subsistência das suas famílias.
Talvez muitos deles quisessem participar na comemoração que irá decorrer em Santarém!
Teriam certamente toda a razão para participar mas, infelizmente, a profunda crise em que o país se vê afundado, de que a CDU faz bandeira do ponto de vista dos discursos, mas na prática parece querer ignorar, obriga a que haja quem tenha de optar entre a razão e o pão.
Os INDEPENDENTES por TOMAR pautam a sua actuação de forma independente pelo bem do Concelho e dos seus munícipes e não serão comunicados infundados provocatórios, como o do grupo municipal da CDU, que nos condicionarão enquanto porta-vozes dos cidadãos que até nós queiram fazer chegar os seus anseios e as suas preocupações».