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FUTEBOL – 1ª Distrital. Metade do campeonato “já foi”. Os mais e os menos da primeira volta

Caiu o pano sobre a primeira volta da 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Santarém, naquela que é, sem dúvida, a prova mais competitiva dos últimos anos. A demonstrar isso mesmo está a feroz luta pelo título, uma corrida aberta, nesta fase, a cinco, seis equipas. Pelo menos. Numa análise ao caminho percorrido, importa falar de números e avançar com os “mais” e os “menos” desta metade:

Medalha de Ouro: Amiense – Foi o chamado “campeão de Inverno” e dobra o campeonato na frente, em igualdade com o União de Santarém. Poucos (ou nenhuns) seriam aqueles que poderiam vaticinar que, nesta fase, o Amiense estivesse tão bem classificado. É uma equipa jovem, orientada por um treinador experiente, que sabe o que é ganhar e, mais do que isso, sabe retirar o melhor partido dos seus atletas. E para além disso a equipa tem atrás de si adeptos fiéis. O Amiense não perde há onze jornadas e nos últimos nove jogos… sofreu um golo! Tem, pois, a melhor defesa e está invicto a jogar em casa. Comparativamente com igual período da última época… o Amiense tem mais catorze pontos! Palavras para quê?

Medalha de Prata: U. Santarém – Chega ao final da primeira volta na frente do campeonato e só não é “medalha de ouro” porque, de facto, a surpresa-Amiense a isso obriga. A equipa escalabitana assenta no mote “Rumo aos Nacionais”, uma frase motivadora e que diz bem sobre a ambição do clube… mas que também pode acarretar mais dose de responsabilidade. Para já, o União de Santarém tem sabido lidar com essa meta até porque o seu técnico tem feito recair sobre os seus ombros toda a pressão daí inerente. Até agora, apenas o Fazendense foi capaz de vencer os escalabitanos que, em casa, são demolidores.

Medalha de Bronze: Competitividade – Na ausência de uma equipa que claramente se possa destacar na luta pelo “bronze”, é de toda a justiça conferir o último lugar do pódio à competitividade do campeonato, uma competitividade nivelada por cima, ao contrário do que tem acontecido nos últimos (longos) anos, onde há sempre uma ou duas equipas a destacar-se claramente da concorrência. Nesta temporada, há nota para plantéis de extrema qualidade, fruto de grandes investimentos, como Cartaxo ou União de Santarém, seguindo-se, numa segunda linha, apostas feitas a pensar nos melhores jogadores do nosso distrito, como União de Almeirim ou Coruchense, para além do mérito em apostar na “prata da casa”, onde Amiense e Fazendense merecem palavras elogiosas. Até mesmo o Ouriense conseguiu um plantel recheado de valores com provas dadas no campeonato.

Notas negativas: Cartaxo, União de Tomar, Alcanenense e Torres Novas – Esperava-se mais destas equipas nesta primeira volta, em especial do Cartaxo, autointitulado como o mais forte candidato à subida e a suportar isso mesmo está o largo investimento que fez no plantel, recrutando jogadores com experiência de I Liga, casos de Manu e Cesinha. É a equipa profissional num campeonato de amadores. Tem renascido na luta… mas está mais abaixo do que contava, como é óbvio. Segue-se, nesta linha, o Torres Novas, uma das duas equipas que ainda não sabe o que é vencer, algo de inacreditável para quem ficou no terceiro lugar na última época. Depois aparece o Alcanenense, despromovido ao distrital depois de largos anos no Nacional. Já teve três treinadores mas nem por isso regista melhoras. Pelo contrário. Já o União de Tomar está longe do que tem feito nas últimas épocas… e logo numa temporada em que os seus adeptos acreditavam que seria possível dar o salto. A sangria no plantel tem sido por demais evidente… e a factura tem sido paga com o rendimento aquém das expectativas.