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Festa da Cerveja está em risco: Abel Bento admite deixar presidência do União de Tomar porque a Câmara «mostra pouca vontade»

Abel Bento, presidente do União de Tomar, admite deixar a presidência do clube caso a Câmara Municipal continue a manifestar «pouca vontade» em ajudar na realização da próxima edição da Festa da Cerveja. Em declarações prestadas à Hertz, o dirigente disse que «está seriamente a pensar em abandonar a direcção» porque acusa a autarquia de «não dar valor ao que está a ser feito em prol do clube e do concelho». Em relação à Festa da Cerveja, está em causa um evento que se realiza desde há vinte e sete anos consecutivos e simboliza mesmo uma festa de verão que a cidade não tem no seu programa cultural. No foco da discórdia estará a impossibilidade de o União realizar o evento no jardim da Várzea Pequena. Abel Bento diz que a Câmara quer mudar a Festa para a área do mercado municipal ou do Convento de São Francisco o que, refere, iria aumentar os custos sobremaneira: «estamos com alguma dificuldade em relação ao local porque a Câmara não quer permitir que a Festa se realize no jardim do Coreto. Entendemos que não há qualquer razão para isso porque a animação da Festa dos Tabuleiros também lá será feita. Entendemos que uma semana volvida tanto o União como o Sporting de Tomar podem lá fazer a respectiva festa. A Câmara está a quer empurrar-nos para o mercado municipal mas entendemos que aquela área não reúne as condições necessárias para a realização do evento. Posso dizer que, neste momento, estamos em vias e não poder fazer a festa. A única festa de verão que existe na cidade há 28 anos está em vias de não se realizar pois não conseguimos chegar a acordo com a Câmara. Pedi uma reunião à autarquia com carácter de urgência para analisar esta situação e estamos a aguardar… Não fazer a festa no Jardim do Coreto obriga a despesas com aluguer de um palco, que nos ia custar dois mil euros, para além de sermos obrigados a segurança permanente. Neste momento, a Festa está mais para não se fazer do que para se fazer. Temos um prazo que se situa na quarta-feira da semana que vem, caso contrário não teremos tempo para mandar fazer as canecas. Entendemos que da parte da autarquia não há grande vontade na realização destes eventos, que trazem muita gente a Tomar. Estou a pensar seriamente em abandonar a direcção do União como forma de protesto porque entendo que não estamos a ter a consideração devida por parte da autarquia. Pondero se valerá a penar continuar ou não… ».