No espaço onde, em tempos, uma funerária tinha seu escritório e que a Câmara de Ferreira do Zêzere, sendo sua propriedade, mandou demolir, dando mais amplitude e visibilidade ao centro da vila, nasceu na empena de uma habitação um grande mural, inserido na “street art”, tão comum em muitas vilas e cidades. A artista Constança, que assina por C’ Marie, formada em escultura nas belas artes e com mestrado em artes plásticas, em cima da plataforma elevatória, cria a sua obra de arte, que será inaugurada dia 13 de Junho (dia do concelho) . Subimos a plataforma e falámos com a própria, nascida em Lisboa, a viver nas Caldas da Rainha. Contratada pela Câmara, tem mais uns dias para finalizar a obra, que tem como objetivo representar a essência de Ferreira do Zêzere. Dornes e Avecasta. O rio não será esquecido. A artista gosta de retratar a mulher- a mulher do campo, sacrificada por vida dura, que governa a casa e cria diversos filhos. Mas outras figuras públicas ali serão retratadas – Alfredo Keil, Ivone Silva, Maria Dias Ferreira e António Baião. Refere que o ” feed back” ferreirense é muito positivo e os carros em movimento constante, afrouxam, e os condutores olham e ficam em suspense. A street arte ou arte de rua é um movimento de democratização da arte, como refere, e com tintas de parede especiais, saem dos traços as nuances, as sombras, o relevo tridimensional que só artistas com talento conseguem fazer! Trabalho não lhe falta, refere, “associações, autarquias, empresas. Embora não inculque nas suas pinturas temas críticos como outros artistas, tem outra grande obra em mãos – em Torres Vedras e o carnaval. Registe-se que o custo da obra é suportado pela Câmara Municipal e pela Fundação Maria Dias Ferreira. António Freitas
