Realizou-se esta segunda-feira, 19 de março, no Centro Cultural de Ferreira do Zêzere mais uma iniciativa da Rede de Bibliotecas do Médio Tejo com apoio do Programa Centro 2020 e Portugal 2020. Desta vez os espectadores foram os alunos do 2º ciclo da Escola Pedro Ferreiro e os alunos do 4º ano do Centro Escolar. O espetáculo apresentado pela companhia de teatro Atrapalharte de Coimbra foi “O PRINCÍPE NABO”. Texto Original: Ilse Losa Encenação: AtrapalhArte. Interpretação: Cristóvão Carvalheiro, Eurico Santos, Jessica Duncalf e Vítor Nunes.
A hesitação entre dois universos, representados quer pela presença de dois grupos distintos de personagens, quer pela referência a dois espaços antagónicos – o dos «pobres» e o dos «ricos» – representa a linha temática orientadora desta obra. O texto, muito rico e com várias mensagens importantes sobre relações humanas, foi publicado em 1962 mas continua atual. Aborda a vaidade e a arrogância; são vários personagens, a brincar, que falam de coisas sérias. “O Príncipe Nabo” conta a história de uma criada atarefada; de uma princesa vaidosa e arrogante que, depois de viver as dificuldades da vida dos pobres, se modificou. De um Rei prepotente, de uma Mademoiselle vaidosa, trocista e convencida que esquece os verdadeiros valores da educação e conduz a sua educanda, a princesa Beatriz, a um comportamento desastroso. Fala de bobos que, a brincar a brincar, vão alertando para os defeitos e qualidades de cada um. Fala de um Príncipe sensato que dá uma lição de vida a quem a merece. Esta é uma peça interativa em que a autoaprendizagem surge ficcionada através dos três tipos de cómico (o de linguagem, o de situação e o de caráter). Aspetos como o recurso a expressões de tonalidade francesa, os nomes dos pretendentes da princesa pretendida e as sucessivas situações de pedido e recusa da sua mão, ou, ainda a presença do Bobo, cuja atuação encerra a peça, contribuem para a construção humorística que caracteriza esta encenação. In: Atrapalharte