FERREIRA DO ZÊZERE – Perto de uma centena de ex-combatentes reuniram-se em convívio

Ferreira do Zêzere recebeu este sábado, 31 de maio, o encontro dos ex-militares do Batalhão de Comando e Serviços – Batalhão de Cavalaria 8423 – numa organização a cargo de Aurélio Godinho – ex-combatente natural da Raposeira – Pias, concelho ferreirense. O evento reuniu cerca de uma centena de antigos militares, oriundos de vários pontos do país, desde Algarve ao Minho, em que muitos ou quase totalidade pernoitou nas unidades hoteleiras de Tomar e Ferreira Zêzere; num dia dedicado à memória, confraternização e reconhecimento pelo serviço prestado. O programa deste ano teve início com a celebração de uma missa na Igreja de Pias, seguida por uma cerimónia de homenagem junto ao Monumento dos Combatentes, onde foram lembrados os que serviram o país. Na missa em memória dos que partiram deste Batalhão foram recordados os nomes de cada um dos antigos militares. A jornada prosseguiu com um almoço-convívio em Dornes, um almoço bem regional onde o peixe do rio e o leitão assado deliciaram os presentes, num dia marcado por um ambiente de grande camaradagem e partilha de histórias e vivências.
O organizador da iniciativa 2025 , Aurélio Godinho, visivelmente emocionado e em recuperação de uma delicada operação que fez ao coração há pouco tempo, explicou que todos os anos se realiza este encontro correndo as localidades dos ex-combatentes que, assim, viajaram até Ferreira do Zêzere, num dia após a celebração dos 51 anos do regresso a casa deste Batalhão. Aurélio Godinho fez questão de assumir a organização do evento 2025 para dar a conhecer Ferreira do Zêzere aos ” camaradas” bem como mostrar que também há a possibilidade de visitar o Monumento dedicado ao ex-combatente Ferreirense mas que serve de homenagem a todos os que lutaram pela Pátria. Neste encontro, o Núcleo do Liga dos Combatentes de Tomar esteve presente com seu estandarte, através de um seu sócio e ex-militar fuzileiro. Registe-se que, anualmente, há centenas de Encontros de Ex-Militares dos milhares que Portugal mobilizou para a Guerra do Ultramar e em que em teatros de operações os mesmos criaram laços de amizade para a vida, depois do regresso. Hoje esses ex-militares, na casa dos 75-85 anos, são cada vez menos pois a lei da vida a isso conduz. Com o fim do serviço militar obrigatório e mesmo sem mobilização de ex-militares para fora do país os laços de amizade entre camaradas perdem-se. António Freitas



