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Está aí a 1ª Divisão Distrital: Fátima é o favorito… mas há um comboio de equipas que prometem muito

É já neste domingo que rola a bola na 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Santarém. Perspectiva-se um dos campeonatos mais nivelados por cima dos últimos anos, fruto da presença de equipas que apostam forte, sendo que o Fátima acaba por ser o exemplo mais flagrante disso mesmo e aquele que será o principal candidato ao título. Pelo menos, todas as perspectivas apontam nesse sentido. A primeira jornada comporta os duelos U. Almeirim-Fazendense, Cartaxo-Fátima, Torres Novas-U. Abrantina, Amiense-Rio Maior, Moçarriense-Ouriense, Mação-U. Tomar e Riachense-Empregados do Comércio.

Fátima – É, sem dúvida alguma, o principal candidato ao título. Mesmo que não existam vencedores antecipados, o Fátima, pelo investimento de que é alvo, tem a obrigação de se colocar na frente em matéria de favoritismo, estatuto que, aliás, o seu treinador João Henriques não tem enjeitado ainda que faça questão de alertar para os excessos de confiança. Em casa, no “seu” estádio, o Centro Desportivo poderá vincar ainda mais essa superioridade… mas atenção ao futebol distrital, onde nem sempre quem joga mais leva a melhor;

Ouriense – O Atlético, que desceu do Nacional de Seniores, aparece nesta prova com uma postura de cautela. Irá apostar nas suas camadas jovens juntamente com jogadores “feitos” das suas redondezas, num misto que pode dar frutos. É equipa para os lugares cimeiros e o facto de o rival Fátima prometer muito faz com que o Ouriense não se queira ficar atrás.

Riachense – Nem todos concordam com a presença do Riachense neste campeonato. A desistência do CNS, a despromoção para o campeonato imediatamente abaixo e ainda sem impedimento de subir são factores que causam descontentamento entre alguns dos “rivais” dos alvinegros. Polémicas e regulamentos à parte, o plantel que o Riachense formou tem qualidade e é motivado por um técnico que só pensa em vencer. Tem equipa para se assumir como candidato aos primeiros lugares.

União de Tomar – O actual vice-campeão da 1ª Divisão Distrital tem pela frente a complicada missão de fazer melhor do que na época passada. As dificuldades com que se tem debatido na pré-temporada fazem do União de Tomar uma incógnita. Uma coisa será contar com Wemerson, Douglas e Crystian; outra coisa será andar refém de mais opções para um plantel que, ainda assim, tem atletas de qualidade e com futuro.

Fazendense – Será o principal obstáculo no caminho do Fátima. E este estatuto é conferido pelo facto de ter contratado mais de “meia equipa” ao campeão Coruchense. A ambição do seu histórico presidente Botas Moreira não permite pensar em nada menos do que lutar pelo primeiro lugar.

Torres Novas – É uma das equipas das quais mais se espera. Para além da história de sucesso associada ao nome, o Torres Novas tem feito pela vida no passado recente e o quarto lugar na última época é sinal de responsabilidade. Manteve a equipa técnica – como tantos outros clubes, aliás – e isso irá conferir a estabilidade a um plantel recheado de atletas com provas dadas.

Mação – Muitos dos treinadores e outros agentes desportivos da 1ª Divisão Distrital apontam o Mação como um dos sérios candidatos ao primeiro lugar. De facto, a equipa de Paulo Costa tem a seu favor o facto de ter mantido grande parte do último plantel, de onde sobressaem atletas com experiência de palcos nacionais. No ano passado, aliás, havia a expectativa de poder ter feito mais. Neste ano, o Mação terá essa oportunidade… e argumentos para tal.

Empregados do Comércio – Dentro de um campeonato onde, de facto, de gasta muito dinheiro para a realidade de um Distrital, os «Caixeiros» aparecem na linha dos clubes que encara o futuro com dificuldades mas sempre de sorriso no rosto. Foi assim na época passada onde, de casa às costas, chegou a ameaçar a conquista do primeiro lugar. Nesta época, já com casa própria, os Empregados terão maior estabilidade. Não será fácil vencê-los.

Cartaxo – É uma equipa sem medo de jogar bom futebol, mesmo quando isso até lhe pode custar pontos. O Cartaxo aposta na prata da casa numa visão de futuro e essa opção tem sido elogiada por todos. É um “outsider” a ter em conta, capaz de se bater de igual para igual com os mais favoritos.

Amiense – À semelhança do Cartaxo, ou vice-versa, também o Amiense tem uma política de apostar na prata de casa e, na última temporada, conheceu o sucesso dessa opção, não só pelo campeonato agradável que realizou como também pela chegada à final da Taça Ribatejo e à Taça de Portugal. Os jogadores são os mesmos, o treinador também, pelo que, com mais um ano nas pernas, há condições para pensar em fazer melhor.

Rio Maior – É o “desconhecido” deste campeonato. Terá a novidade de ser orientado por uma dupla de treinadores que, aliás, já tem trabalho feito em Lisboa, onde se sagraram campeões distritais. O plantel é construído de novo, com muitos atletas que desconhecem a realidade do Distrital, mas quando há qualidade o patamar é o menos importante.

União Abrantina – O actual campeão da 2ª Distrital chega ao escalão máximo com esperanças de realizar uma época tranquila. A base da época passada manteve-se, sendo que a equipa técnica, agora, é liderada por Renato Dias. Pode ser uma agradável surpresa esta União Abrantina.

União de Almeirim –É uma das “novidades” do campeonato e onde estão focados alguns holofotes, muito por força da presença de Jorge Cadete como director-geral. O clube da capital da sopa da pedra já assumiu que quer “apenas” a manutenção, sendo que o seu objectivo passa por preparar o futuro. Mas todos sabem que os projectos funcionam melhor com resultados…

Moçarriense – Este clube, do concelho de Santarém, tem a fama de “patinho feio” do campeonato. Para já, desse estatuto não se livra. Mas na verdade está em causa um clube que tudo faz para não deixar nada ao acaso, nomeadamente no aspecto da comunicação e ainda na forma de trabalhar com os jovens… e com resultados à vista. Manteve a base da época passada e reforçou-se com atletas que ainda dão os primeiros passos nos seniores, mas com experiência de quadros nacionais.