Cerca de cinco mil pessoas estão sem médico de família no Entroncamento, isto num universo de 22 mil residentes. Os números foram avançados por Jorge Faria, presidente da Câmara, em recente entrevista na Hertz, altura em que houve espaço para um ponto de situação em torno do acesso aos cuidados primários. O autarca apontou para a necessidade de aumentar a dimensão da atual Unidade de Saúde Familiar ou mesmo criar outra alternativa como uma medida para atenuar este impacto da falta de médicos. Jorge Faria mostrou-se frontalmente contra a política de incentivos a que alguns municípios recorreram para fixar médicos nos respetivos territórios, numa medida que, ainda assim, disse «compreender e respeitar». O presidente da Câmara do Entroncamento deixou claro que essa não é uma responsabilidade das autarquias e que, a continuar, «pode conduzir a situações que não sejam de interesse público».