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DESPORTO – Tóquio2020: Com a medalha de ouro de Picardo, esta já é a melhor participação de Portugal em Olimpíadas desde 1896

Tóquio2020: Com a medalha de ouro de Picardo, esta já é a melhor participação de Portugal em Olimpíadas desde 1896

O saltador triplo conquistou a quarta medalha da delegação portuguesa em Tóquio e a quinta medalha de ouro do país na história dos Jogos Olímpicos. Relembre as medalhas e trajetória da Comissão até aqui.

O ouro de Jorge Fonseca: A primeira medalha de Portugal em Tóquio

A história de Jorge Fonseca para chegar nas Olimpíadas 2020 foi cheia de conturbações. Ele havia sido diagnosticado com câncer um ano antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016.

O judoca português falou em entrevista ao Inside Judo.: “Foi um momento muito ruim na minha vida. Antes do diagnóstico, sentia-me muito confiante e bem preparado, física e mentalmente. E então eu recebi a notícia. ”

Fonseca, na tentativa de chegar aos Jogos do Rio, pediu aos médicos que acelerassem seu tratamento de quimioterapia. Mesmo com efeitos colaterais difíceis, como cansaço extremo e náuseas, ele disputou as Olimpíadas. Infelizmente, terminou em 17º na categoria peso pesado masculino.

Sobrevivente de câncer, ele chocou a comunidade do judô ao ganhar a medalha de ouro dos pesos pesados no Campeonato Mundial de 2019 em Tóquio. 2 anos depois, defendeu seu título em Budapeste.

Em junho, Jorge anunciou que tinha testado positivo para COVID-19. Mesmo assim, Fonseca chegou aos Jogos Olímpicos de Tóquio. Durante a semifinal, entretanto, deslocou o polegar. Com a lesão, ele foi derrotado e seguiu para a conquista do bronze contra Shady El Nahas, do Canadá.

Foi a primeira medalha de Portugal nos jogos. O atleta dedicou a vitória à Adidas e à Puma, empresas que se recusaram a patrociná-lo. Segundo ele, estas empresas consideravam que ele não tinha a qualidade necessária para alcançar o pódio.

A prata olímpica de Patricia Mamona em Tóquio2020

Patricia Mamona é oficialmente uma medalhista olímpica, tendo conquistado a prata no salto triplo feminino para seu país natal, Portugal. Ela tingiu 15,01 metros, novo recorde nacional, a conquistar a segunda medalha para os atletas portugueses dessa edição.

A atleta apenas foi derrotada pela venezuelana Yulimar Rojas, bicampeã mundial, que alcançou 15,67 metros, um novo recorde mundial. Em terceiro lugar ficou a espanhola Ana Peleteiro, com 14,87m.

Ela tinha testado positivo para o vírus COVID-19 em janeiro de 2021 e não conseguiu treinar por duas semanas. Mesmo assim, conseguiu se recuperar a tempo de competir no Campeonato Europeu Indoor de 2021 em Torun. Na Polônia, ganhou o ouro no salto triplo feminino e conseguiu chegar às Olimpíadas.

A 3ª Medalha: Fernando Pimenta na Regata

Fernando Pimenta terminou na 3ª posição (3: 22.478) e levou o bronze na canoagem. Adam Varga (3: 22.431) foi o segundo e o também húngaro Balint Kopasz (3: 20.643) foi o primeiro. Entre as medalhas (4º) ficou o alemão Jacob Schopf (3: 22.554).

Para chegar à regata decisiva, Fernando Pimenta começou a vencer a primeira bateria em 3:40.323 minutos. Assim, garantiu-se diretamente para as semifinais, onde teria (mais) uma atuação sensacional. Ele venceu a série e quebrou o recorde olímpico do K1, com um tempo de 3: 22.942 minutos.

Esta é a segunda medalha de Fernando Pimenta em Jogos Olímpicos, depois da medalha de prata no K2 1000 metros na edição de Londres 2012, apesar de não ter conseguido medalha no Rio 2016.

Com este feito, o canoísta do Benfica junta-se a Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro no restrito grupo de atletas portugueses que ganharam duas medalhas nas Olimpíadas.

Pedro Pablo Pichardo: ex-cubano domina o salto triplo

O líder e duas vezes medalhista de prata mundial Pedro Pichardo finalmente venceu o grande salto ao dominar o salto triplo com os três saltos mais longos. Com essa vitória, Portugal conquistou seu segundo título em quatro jogos após a vitória de Nelson Evora em 2004.

Seus 17,98 metros foi a quinta vitória olímpica de Portugal na história. E sua marca foi apenas superada pelos 18,17 metros de Mike Conley e 18,09 metros de Kenny Harrison em 1992 e 1996.

O ex-cubano começou em grande forma com um par de 17,61m nas primeiras duas rodadas para deixar imediatamente uma marca sobre seus rivais. Yaming Zhu até tentou e saltou 17.41 metros no segundo turno. No entanto, a marca do atleta chinês foi ultrapassada pouco depois pelo recorde argelino de Yasser Mohamed Triki de 17,42 metros.

Na terceira rodada, Will Claye, que conquistou sete medalhas globais ao ar livre sem conquistar o ouro, entrou na disputa por medalhas com um 17.44 para ficar em segundo lugar.

Mas isso não durou a etapa toda. O recordista mundial indoor Hugues Fabrice Zango subiu para o segundo lugar com um salto de 17,47 m, depois de ter ficado fora das posições de qualificação até aquele salto.

Antes mesmo do final da ronda, Pichardo parecia encerrar a disputa de forma eficaz ao bater o recorde português de 17,98. Depois de seu início impressionante, Pichardo até cometeu falha na quarta e sextas rodadas, mas ganhou o ouro com muito de sobra.

De olho no futuro: O que esperar para os próximos anos?

É certo que o atletismo é a “menina dos olhos de ouro” de Portugal. Apesar de Tóquio marcar a aposentadoria de Nelson Évora, um dos melhores atletas do país de todos os tempos, há vários outros desportistas que estão a brilhar.

Alguns times, como o de handebol, que estreou apenas neste ano, estão a demonstrar as características humanas mais inspiradoras de coragem em face da adversidade, a superar a dor para alcançar a grandeza e amizade.

Com isso, o futuro de Portugal nas Olimpíadas é brilhante. Esperamos também que Paris 2024 não seja marcada pela aparição de um novo vírus. Infelizmente, alguns atletas portugueses não puderam participar desta edição por terem testado positivo para a COVID-19.

Se tudo der certo, o número de medalhas portuguesas só irá aumentar conforme os anos se passarem. É por isso que vale a pena ficar de olho em um site de apostas e nos resultados de várias competições para saber exatamente o que esperar.