Foram apresentados a primeiro interrogatório de arguido detido fora de flagrante delito, um homem e uma mulher – que vivem juntos – indiciados pela prática em coautoria material de um roubo. Os autores e a vítima, um jovem de 17 anos que padece de problemas psiquiátricos, todos eles residentes em Coruche, cruzaram-se na via pública pelas 17h00 do dia 24 de Novembro, «tendo os primeiros decidido assaltar o último, por recurso à força física, com a arguida a agarrar o jovem enquanto o indivíduo arrancava pela força um aparelho musical e suporte de dados que a vítima trazia à volta do pescoço, encetando subsequente fuga», refere o Ministério Público. A dupla foi prontamente detida por agentes da autoridade. A mulher tinha estado em cumprimento de pena de prisão até abril, altura da sua libertação com a condição resolutiva de não praticar outros ilícitos até 27 de Dezembro deste ano, no âmbito do perdão condicional legislado por força da pandemia. Já o arguido encontrava-se em cumprimento de pena de prisão suspensa com regime de prova, pela prática de crime de furto em que havia sido condenado por sentença transitada em julgado. Evidenciados todos os perigos previstos no artigo 204.º do Código de Processo Penal, o Ministério Público promoveu a aplicação da prisão preventiva como medida de coação, porque nenhuma outra medida garantia a não verificação de tais perigos, o que foi decretado judicialmente. A investigação irá prosseguir na secção de Coruche do DIAP e será executada pela Guarda Nacional Republicana.
