Uma mostra de Ofícios d’ Época, a Chegada de Camões a Constância, o Percurso Viagem ao passado – Visitantes integram a festa, a Noite do Oriente, o Jantar do Povo e a Conferência O poeta em busca de si e da sua epopeia?, pelo Prof. Carlos Ascenso André, são algumas das novidades da edição deste ano das Pomonas Camonianas, um evento que vai decorrer em Constância nos próximos dias 8, 9 e 10 de junho. Todos os anos pelo 10 de Junho, Dia de Camões, Constância celebra Camões e a sua relação com o épico, realizando as Pomonas Camonianas, que têm na sua essência o Mercado Quinhentista, com uma exposição-venda das flores e dos frutos referidos pelo poeta na sua obra, evocando os tempos em que Camões aqui terá vivido. São protagonistas os alunos de todos estabelecimentos de ensino do concelho, da creche à escola secundária, incluindo a Universidade Sénior, que, com a colaboração dos seus professores, dos pais e encarregados de educação, das animadoras e do pessoal não docente, representam figuras da época, animam o mercado, declamam poesia e apresentam danças quinhentistas, numa manifestação festiva de apropriação coletiva da memória de Camões. Paralelamente ao Mercado Quinhentista, e além das novidades já mencionadas integram o programa das XXIV Pomonas Camonianas, a Feira de Antiguidades e Velharias, o Concurso de Pintura ao Ar Livre As Cores de Constância, a Orientação Noturna, Danças Quinhentistas, o Declamões, a Taberna Quinhentista e muita animação d’ época. Constância tem com Camões uma muito antiga e arraigada relação de afeto, fundada na plurissecular tradição de que o épico terá vivido na vila durante algum tempo, aqui tendo escrito parte da sua produção poética. Sobre as ruínas que o povo aponta como tendo sido as da casa que o acolheu, foi erguida a Casa-Memória de Camões que visa perpetuar a memória do poeta em Constância e transformar-se, a prazo, num Centro de Estudos Camonianos. Em Constância evocam igualmente o nosso épico o Monumento a Camões do mestre Lagoa Henriques e o Jardim-Horto Camoniano, desenhado pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, que apresenta a maior parte das plantas referidas por Camões na sua obra e é considerado um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta.