A Caima abre ao público, neste fim de semana, dia 24 e 25 de novembro, a Exposição temporária “De Albergaria a Constância”, percorrendo os 130 anos que separam a sua fundação em 1888, até aos nossos dias. Com a Curadoria do Professor Jorge Custódio, o Exposição, que estará patente ao público, na Casa-Memória Camões em Constância, até 17 de maio de 2019, percorre as treze décadas da empresa e do seu enquadramento político, económico, social e cultural em Portugal e na Europa. Através de vários núcleos, a Exposição convida o visitante a mergulhar na história industrial portuguesa. A Caima nasceu no reinado de D. Luís I, a 17 de maio de 1888, atravessou a monarquia, a primeira República, uma ditadura militar, o Estado Novo, a Revolução dos Cravos, a Adesão à então CEE e até à nova era da globalização. Mostra também como a organização industrial e comercial resistiu às duas Grandes Guerras, quando as dificuldades se acentuaram dramaticamente, com a proibição estatal de exportação dos seus produtos.
Na génese da Caima estão empresários londrinos que resolveram investir numa fábrica de pasta de papel de processo químico para abastecerem, sobretudo, o mercado britânico e europeu de uma matéria-prima para o fabrico de papel e de consumo assegurado no último quartel do século XIX e durante todo o século XX. Hoje a Caima é a única empresa em Portugal que produz pasta solúvel, exportando a totalidade da sua produção para os mercados externos, nomeadamente para a China, para ser utilizada na indústria têxtil, farmacêutica e tecnológica. A Caima, nos seus 130 anos, mostra-se com exemplo do que foi, do que é e do que pretende ainda ser enquanto instituição empresarial, centro de trabalho, compromisso social e legado histórico.