A população de Malpique, em Santa Margarida da Coutada (concelho de Constância), não ganhou para o susto, nesta segunda-feira, perante um incêndio de dimensões consideráveis que “lavrou” desde as 17 horas e só foi dado como resolvido pelas 22, ou seja, já em plena noite. Foi consumida uma área aproximada aos cinco hectares, sendo que as chamas ameaçaram algumas habitações e, em determinada altura, anexos do Campo Militar de Santa Margarida, de tal forma que os bombeiros estiveram dentro da estrutura para evitar males maiores. Para além disso, também houve registo para a presença de militares no combate ao fogo. No total, segundo dados fornecidos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, estiveram no terreno 290 operacionais, acompanhados por 89 veículos e cinco meios aéreos, que foram fundamentais no impedimento ao avançar do incêndio. Maria Júlia Amorim, presidente da Câmara de Constância, em declarações prestadas à Hertz, fez um ponto de situação da ocorrência, elogiando a acção das forças de intervenção e ainda o que foi feito em matéria de prevenção: «O incêndio ganhou grandes proporções mas a acção imediata das corporações dos bombeiros e dos meios aéreos fez com que, por volta das 22 horas, a situação estivesse circunscrita. Durante a noite, com a descida de temperaturas, não houve ocorrências, ainda que tivessem ficado bombeiros no terreno, que vão continuar, digamos, de prevenção. As chamas consumiram uma área na ordem dos cinco hectares. Foi abrangido um dos lugares de Santa Margarida da Coutada, em particular Malpique, e chegou perto das casas. Quero registar, aqui, a prevenção, nomeadamente com a existência de faixas de protecção junto das casas, acções dos sapadores e de alguns proprietários, facto que, nestas situações, minimiza uma possível tragédia. Convém referir que também estiveram militares no terreno até porque Malpique fica próximo do Campo Militar de Santa Margarida».
