No segundo mês de 2024, o Museu dos Rios e das Artes Marítimas, em Constância, escolheu uma miniatura do Batelão, como «Peça do mês» para estar em destaque numa das suas salas. Esta miniatura representa um batelão construído nos anos 50, por ordem da Câmara Municipal de Constância, que circulava no Porto da Barca (atual cais do Tejo), ligando as duas margens do rio Tejo. Permitia a passagem de pessoas, mercadorias e automóveis, dando serventia, principalmente, ao recém-construído Campo Militar de Santa Margarida. O batelão, feito em madeira e de fundo chato, tinha três remos e duas varas, um comprimento de dez metros e uma largura de três, levando, no máximo, dois carros e vários passageiros. Era manobrado por três pessoas, uma ao leme e as outras duas nos remos e varas. Inicialmente, este batelão foi arrendado a António Máximo da Silva, antigo marítimo, estando obrigado a pagar à Câmara Municipal um conto de réis por mês, ou seja, doze contos por ano. Mas, aos poucos, este transporte foi deixando de ser rentável, levando o Município a assumir este serviço de passagem, pagando a empregados para o realizarem. Recorde-se que a «Peça do mês» está exposta numa das salas do museu, onde pode ser apreciada e a sua divulgação é efetuada através das páginas de Facebook do Museu dos Rios e das Artes Marítimas e do Município de Constância.