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CHAMUSCA – Eco Parque do Relvão com mais campanhas de monitorização da qualidade do ar e das águas

A Comissão de Acompanhamento do Eco Parque do Relvão reuniu no dia 11 de fevereiro para avaliar os relatórios de monitorização da qualidade das águas superficiais e da qualidade do ar, assim como as ocorrências registadas no perímetro do parque e a questão das más acessibilidades à zona. Tiago Jerónimo, engenheiro da Câmara Municipal, salientou que, em 2018, foram realizadas seis campanhas de monitorização da qualidade das águas superficiais no Eco Parque do Relvão e que, nalgumas medições, se verificaram valores acima do normal e também o aparecimento de novos elementos químicos nas águas dos quais carece averiguar a proveniência, nomeadamente pesticidas e alguns metais pesados. A Lagoa da Carregueirinha é dos pontos mais preocupantes, devido à fraca qualidade da água e por ser o último ponto recetor dos efluentes do Eco Parque. Foi dada nota de um pedido da Junta de Freguesia da Carregueira para a reabilitação desta lagoa. A Ribeira das Fontainhas, nos pontos de medida a jusante dos dois CIRVER, apresenta também alguns motivos de preocupação que estão a ser devidamente monitorizados. Para este ano, a autarquia vai instalar novo ponto de medição na zona da Ribeira de Pai de Poldro. Ao nível da qualidade do ar, os valores de 2018 são semelhantes aos de 2017 e não ultrapassam os valores limite definidos por lei e não se verifica que alguma atividade do Eco Parque esteja a influenciar a qualidade do ar. O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca e presidente da Comissão de Acompanhamento, refere que a Lagoa da Carregueirinha é uma situação que já foi colocada à avaliação da Agência Portuguesa do Ambiente e à CCDR e lamentou que estas e outras entidades que tutelam e fiscalizam o Eco Parque não estejam mais envolvidas no acompanhamento destes casos. “Nem sempre é o SEPNA (GNR) que tem de fazer o levantamento destas ocorrências e é preciso definir bem que pode e deve atuar em cada situação concreta”, afirmou o autarca Paulo Queimado, explicando que o grupo de trabalho do qual faz parte junto do Ministério do Ambiente está a elaborar um manual de boas práticas para denúncia de situações. “Seria ainda importante um cruzamento de dados entre a APA, a ARH Tejo e os dados que recolhemos através das campanhas de monitorização do Município”, acrescentou o presidente da Câmara da Chamusca. Desta reunião saiu ainda a indicação para envio dos resultados dos relatórios às empresas instaladas no Eco Parque para que se apure eventuais causas dos problemas. Ao nível do reporte das ocorrências diversas, ocorridas no perímetro do Eco Parque, houve a registar o despiste de um camião com derrame da carga em agosto, dois outros despistes em outubro, com derrame de resíduos industriais banais e de resíduos de plástico enfardado, e ainda um outro derrame de lamas na faixa de rodagem de origem desconhecida, em dezembro.