Desagradado com os constrangimentos que, diariamente, se avolumam na Ponte João Joaquim Isidro dos Reis – a Ponte da Chamusca – o Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, convocou na passada sexta-feira, dia 2 de dezembro, diversos agentes que considerou poderem ser determinantes na procura de uma solução que possa resolver a curto prazo o transtorno causado aos utilizadores da ponte, que vem piorando consideravelmente desde que foram concluídas as obras de requalificação, em 2013, dificultando o cruzamento de camiões.
Na reunião estiveram presentes – para além do Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, e da Vice-Presidente, Cláudia Moreira – o Presidente da Câmara Municipal da Golegã, Rui Lince Medinas, e o Vice-Presidente, Carlos Asseiceiro, o Comandante Territorial de Santarém (GNR), Coronel Nuno Sanfona Paulino, e o Comandante do Posto da Chamusca (GNR), Sargento Ricardo Ramos, bem como o representante da Comandante do Destacamento Territorial de Torres Novas. Também foi convocado o diretor do centro operacional centro sul da Infraestruturas de Portugal (IP), Alcindo Duarte Cordeiro, que se fez acompanhar do técnico Vítor Sequeira.
Da reunião, foi unânime a constatação de que uma solução definitiva para a travessia do Tejo entre a Chamusca e a Golegã passará sempre pela construção de uma nova ponte e que todas as soluções que se possam encontrar para a Ponte João Joaquim Isidro dos Reis apenas poderão ser consideradas provisórias, por forma a minorar os constrangimentos para quem diariamente a utiliza. Assim, foram discutidas quais as formas de melhorar o tráfego na ponte a curto prazo. Abordaram-se as questões relacionadas com os separadores colocados na ponte aquando da intervenção na estrutura, que desempenham um papel fundamental na proteção da estrutura da mesma, pelo que foi colocada de parte qualquer possibilidade de deslocação dos mesmos. Segundo Alcindo Cordeiro, “depois de tragédias como a da Ponte de Entre-os-Rios foram reforçadas as medidas que visam a segurança destas infraestruturas e ninguém assumirá uma solução deste tipo”. Foi também unânime que a regulação do tráfego por parte dos agentes da GNR é uma mais-valia nos dias de maior constrangimento, mas que não pode ser considerada como solução permanente, dadas as limitações de recursos dos Postos da Golegã e da Chamusca.
Decorrente do debate, apenas se considerou viável um projeto de semaforização para a ponte, que está projetado desde 2013, resultado de um estudo solicitado pela própria Câmara Municipal da Chamusca, e ao qual as Infraestruturas de Portugal ainda não deram andamento. O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca sugeriu que, para agilizar e acelerar o procedimento, as autarquias assumissem a execução do mesmo. No entanto, segundo Alcindo Cordeiro “a intervenção já se encontra contemplada no orçamento das IP para o ano de 2017 e faremos tudo para que avance ainda no primeiro trimestre”. O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca solicitou, no entanto, que se encontrasse uma solução para o imediato, com semaforização provisória, de modo a avaliar o impacto que esta medida poderá ter no futuro.
O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca considera que “é imperioso que continuemos a reforçar junto da secretaria de estado e do ministério a necessidade da construção de uma nova travessia. A ausência de uma nova ponte não só estrangula o trânsito, como o desenvolvimento económico de toda uma região.”, ao que o Presidente da Câmara Municipal da Golegã acrescenta “estamos disponíveis para unir esforços no sentido de apelar ao Governo para importância da construção da nova ponte.”.