A Oficina Colaborativa da Chamusca acolheu durante os meses de junho e de julho o primeiro módulo do curso de formação de Costura dinamizado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Santarém, em parceria com o Município da Chamusca, o Gabinete de Inserção Profissional e a Associação Tempos Brilhantes. Este curso de formação Costureiro/Modista destina-se a pessoas desempregadas, inscritas no centro de emprego e a beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). A formação decorre na modalidade de formação modular – CNQ (Catálogo Nacional de Qualificações) e em horário laboral, durante a qual os formandos beneficiam de uma bolsa de formação, subsídio de alimentação e subsídio de transporte. O primeiro módulo teve a duração de 125 horas e contou com a participação de cerca de 20 formandos, que tiveram formação na área de iniciação à costura, exercícios em tecido, iniciação à confeção de peças e introdução ao corte. Para além de tudo isto aprenderam a trabalhar com a máquina de costura, a interpretar moldes, a posicioná-los de forma correta sobre o tecido e cortar, o que lhes permitiu a aquisição e o aumento de conhecimentos teóricos e práticos, com o objetivo de potenciar o seu regresso ao mercado de trabalho. Claúdia Moreira, vice-presidente da Câmara da Chamusca, refere que este curso correu muito bem e com uma adesão extraordinária por parte dos formandos, que dia após dia permaneceram motivados e empenhados em aprender mais e a criar peças novas. “Os alunos participaram com muita motivação e empenho, tanto assim é que mostraram vontade e pediram para avançarmos para o módulo seguinte, dando continuidade ao curso, sendo que esta atitude mostra como esta iniciativa mudou a suas vidas, trazendo-lhes uma motivação adicional, ajudando-as a seguir em frente, a criar os seus próprios produtos e quem sabe um dia mais tarde o seu próprio negócio.” Refira-se que o pedido efetuado pelos formandos produziu efeito e o segundo módulo já se encontra a decorrer desde o dia 01 de agosto, seguindo os mesmos moldes do primeiro. A vice-presidente salientou ainda que a autarquia está totalmente disponível para apoiar este tipo de iniciativas quer a nível logístico, como com materiais que possam ser necessários para o desenvolvimento de novos projetos. Neste sentido “desafiamos o grupo de trabalho para fazer algumas ações de apresentação dos trabalhos que estão a desenvolver no âmbito do curso de costura, como por exemplo disponibilizarmos as bancas do mercado municipal para poderem mostrar ou vender os seus trabalhos, assim como participar nos eventos produzidos pelo Município com a exposição dos seus trabalhos. A recetividade ao convite foi muito boa e ver o entusiamo dos alunos fez-nos acreditar que vale a pena investir nestes projetos, que tanta diferença fazem na vida das pessoas e das famílias.” Importa referir, que a Oficina Colaborativa foi criada para que as pessoas com agregados familiares vulneráveis possam encontrar uma forma de obter algum rendimento extra para a família e “parece-nos que esta formação, na qual, felizmente, temos um grupo bastante motivado, veio fazer com que as pessoas ficassem mais familiarizadas com o conceito da Oficina Colaborativa”, adiantou a também vereadora com o pelouro da Ação Social. A autarquia pretende continuar a dinamizar a Oficina Colaborativa com outros cursos e atividades, nomeadamente na área do artesanato ou na área têxtil. “A ideia é dar continuidade a este trabalho e investir na capacitação e empoderamento da nossa população mais vulnerável, trilhando um caminho onde são desenvolvidas competências relacionais e de comunicação através de respostas ocupacionais, que possam ir ao encontro das necessidades destas pessoas e apostar num percurso de aprendizagem ao longo da vida e de valorização do potencial individual de cada um”, referiu ainda a vice-presidente da Autarquia.