João Ralha que coordenou – Princípios de Gestão Para Municípios – esteve no Cartaxo com outro dos autores, António Cruz, para apresentar o livro que “mais que um manual de gestão”, apresenta “experiências e ideias” que possam ter aplicação a casos concretos. A apresentação decorreu na Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita, no dia 9 de maio e contou com a presença de Pedro Magalhães Ribeiro, presidente da Câmara e de Fernando Amorim, vice-presidente e responsável pelo pelouro de gestão e finanças da autarquia. Princípios de Gestão Para Municípios, reúne contributos de especialistas em diversas áreas da gestão, com experiência de trabalho em municípios e teve como objetivo de partida, sensibilizar os eleitos municipais para a necessidade de “desenvolverem os seus conhecimentos e competências em Gestão”. Pedro Magalhães Ribeiro apresentou os autores, afirmando que “algumas das questões abordadas no livro, teriam sido essenciais como temas de reflexão prévia para alguns eleitos municipais. Talvez algumas das decisões que trouxeram o Cartaxo a uma situação financeira muito débil, pudessem ter sido evitadas”. Para o autarca os municípios têm “a obrigação de trabalhar para a sua sustentabilidade”, afirmando esta convicção como a “visão que temos para o futuro, e na qual nos empenhamos todos os dias, porque não podemos apenas encontrar soluções para resolver os problemas que encontrámos, e que estamos a resolver, mas devemos também concentrar esforços na construção de opções de desenvolvimento sustentado”. Os fundos comunitários, do Quadro Estratégico Comum (QEC), e a “sua lógica de mapeamento de prioridades pela administração central, retirando autonomia de decisão aos municípios, fazendo tábua rasa de estratégias de desenvolvimento intermunicipal, algumas já aprovadas”, foi uma das preocupações que o presidente da Câmara apontou “para uma gestão sustentada e integrada do município”. Outro desafio que o autarca considera “dos mais difíceis que se colocarão aos municípios, é o desafio demográfico”, referindo que “se aliarmos o envelhecimento da população, à taxa de crescimento negativa e à saída de jovens das regiões do interior e do país, as perspetivas são alarmantes”, estas realidades obrigarão a “repensar as estratégias definidas para os territórios em áreas essenciais como a educação ou a ação social. A capacidade de atração dos territórios, quer de investimento, quer de pessoas qualificadas, será determinante para a sua sustentabilidade no futuro”.