Início ECONOMIA CARTAXO – Centro de Competências do Tomate Indústria

CARTAXO – Centro de Competências do Tomate Indústria

O Centro de Competências do Tomate Indústria (CCTI) que resultou do protocolo assinado entre a Associação dos Industriais de Tomate (AIT), o Ministério da Agricultura e do Mar e a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), está sedeado no Cartaxo, desde o passado dia 27 de julho, quando foi publicamente apresentado.
A Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, o Secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito, o Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), João Machado, o Presidente da Associação dos Industriais de Tomate (AIT) e o diretor do CCTI, João Santos Silva, para além dos deputados Idália Serrão e Vasco Cunha, e representantes de organizações do setor, agricultores e autarcas, estiveram presentes na Quinta das Pratas para a assinatura do contrato de comodato com a Câmara Municipal do Cartaxo – que cedeu por 10 anos o espaço que vai acolher o CCTI, na Quinta das Pratas – e para a apresentação pública do centro de competências que se posiciona como referência internacional nas atividades de investigação, desenvolvimento e inovação no setor do tomate-indústria.
Presidente da Câmara destaca ruralidade do concelho como fator estratégico de desenvolvimento – Pedro Magalhães Ribeiro, Presidente da Câmara Municipal, referiu a importância do CCTI para o Cartaxo, em cujo território quer a produção, quer a transformação de tomate são atividades económicas relevantes e criadoras de emprego, destacando o contributo do deputado e vereador da Câmara, Vasco Cunha, para a sua instalação no Cartaxo num processo em que “o interesse do concelho teve primazia sobre qualquer outro”. O autarca referiu ainda o trabalho da Campil, indústria transformadora de tomate “sedeada em Vale da Pedra, que nos últimos dois anos aumentou a sua capacidade de produção em 66% e continua a crescer e a inovar, assegurando postos de trabalho e desenvolvimento para o concelho”.
Para o presidente da Câmara, o posicionamento que o Cartaxo assumiu como “território que reconhece na sua ruralidade um fator de diferenciação nacional, potenciada por uma localização estratégica no país”, confere-lhe a capacidade de mostrar que “um território rural, não é um território subdesenvolvido” é antes um território “com espaço para o desenvolvimento sustentável, consolidado a partir da criação de projetos ligados à inovação e a produtos com alto valor acrescentado, que se afirma pela força das suas características únicas e diferenciadoras”.
Para o autarca a centralidade do concelho e a proximidade “à área metropolitana de Lisboa – a 40 minutos de infraestruturas de internacionalização, como o Aeroporto e o Porto de Lisboa –, e servido quer pela principal linha ferroviária, quer por duas saídas da principal autoestrada do país, mas que para efeitos de acesso a fundos comunitários se insere na região do Alentejo”, afirma-o como “atrativo para a instalação de centros de investigação e desenvolvimento, como o CCTI que aqui hoje se instala”, e outros com os quais a Câmara já iniciou contactos “sempre na procura de projetos com forte componente de ligação quer à produção agrícola, quer às empresas transformadoras”.
Ministra desafia indústria a produzir mais e modo ainda mais diferenciado – Assunção Cristas considera o “CCTI como a resposta do setor que desde o início afirmou a sua preocupação em investir em estruturas que contribuam para o aumento de produção, ao investigar melhor e ao trazer a inovação e o conhecimento, mais rapidamente, para os campos”. A Ministra da Agricultura e do Mar apontou os principais objetivos do protocolo firmado entre o ministério, a CAP e a AIT – reconquistar a segunda posição como maior produtividade média de tomate, e uma diferença inferior a 10% em relação à Califórnia, diminuir os custos de produção por hectare, em 10% e aumentar em 10% as quantidades de tomate transformado.Para a Ministra, só com “diferenciação de qualidade teremos sucesso num mundo altamente competitivo”, o que a levou a “deixar um desafio à indústria”, de modo a que Portugal possa oferecer mais produtos transformados, com maior diferenciação, que garantam maior valor acrescentado. Para este desafio contribuirá “o protocolo de que resulta o CCTI”, que está virado para “a melhoria da produção nos campos e para que se encontrem formas de gerar conhecimento de maneira mais rápida e muito mais eficaz”.www.cm-cartaxo.pt