A Câmara Municipal de Tomar, num comunicado enviado para a redacção da Hertz, apresenta aquilo que considera como «a verdade dos números sobre os custos do Gabinete da Presidência» e «sobre as ajudas de custo e trabalho extraordinário», classificando como «infundadas» as recentes palavras proferidas pelo vereador Pedro Marques, dos Independentes, a propósito desses mesmos gastos. Recorde-se que o eleito dos IpT, na sessão do executivo realizada nesta segunda-feira, alertou para o facto de as despesas, «durante o ano de 2014, com o gabinete da presidência de Anabela Freitas, serem superiores aos gastos que a Câmara de Tomar teve em horas extraordinárias efectuadas pelos funcionários», denunciando o que considerou como «dinheiro mal gasto» e ainda «passeios pagos pelo erário público». A resposta da autarquia – PS e CDU, entenda-se – não se fez esperar e surgiu pelo gabinete de comunicação do município
Eis o comunicado, na íntegra, com a resposta ao vereador Pedro Marques:
«Na sequência de acusações infundadas feitas por um vereador na reunião da Câmara Municipal de Tomar da passada segunda-feira, é dever do Município esclarecer o seguinte:
Ao contrário do que foi afirmado (que “as despesas, durante o ano de 2014, com o gabinete da presidência de Anabela Freitas são superiores aos gastos que a Câmara de Tomar teve em horas extraordinárias efetuadas pelos funcionários”), os custos da presidência, presidente e gabinete incluídos, em 2014, foram de 581,39 €, o que equivale a apenas 2,6 % dos custos totais com esta rubrica de pessoal, os quais foram muito inferiores, por exemplo, aos custos de toda a restante vereação em ajudas de custo, a qual se cifrou em 5.274,03 €.
Os valores desagregados, por centro de custos, retirados do sistema informático em uso em 2014, demonstram que a nível de gastos com trabalho extraordinário, os centros de custos maiores foram, por esta ordem: a proteção civil, bombeiros e jardins (42%), os mercados e feiras (27%) e o departamento de obras municipais (17%). A nível de ajudas de custo, os maiores gastos estiveram centrados no departamento de obras municipal (57%) e na vereação (24%).
Por outro lado, é significativo que em 2014, e de acordo com os documentos de prestação de contas, o Município de Tomar tenha baixado o gasto com o trabalho extraordinário e em dias de descanso de 158.975,16 € para apenas 35.847,93 €, numa redução superior a 70%.
No mesmo ano, os gastos totais com ajudas de custo de todo o Município foram de apenas 22.063,81€, substancialmente inferiores ao gasto global com trabalho extraordinário.
Assim se verifica que são completamente destituídas de sentido as acusações levadas a cabo pelo vereador em causa, como a apresentação pública de contas que aqui fazemos, de forma completamente transparente, deixa claro.