«A água é um bem público e não pode ser privatizada». Foi esta a moção apresentada pelo Bloco de Esquerda e aprovada na recente Assembleia Municipal de Tomar. Filipe Vintém, eleito dos bloquistas, considerou que as autarquias «estão a ser confrontadas com uma ofensiva governamental contra a autonomia do poder local». Assim acontece, também, no seu entender, «na gestão pública dos sistemas de águas», nomeadamente com a «designada “Reestruturação”, que impõe a fusão dos atuais 19 sistemas multimunicipais em apenas cinco», ou seja, Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e EPAL, Águas do Alentejo e Águas do Algarve «são postas em causa as legítimas opções das autarquias, é imposto o aumento generalizado dos tarifários independentemente das decisões municipais, as receitas e os ativos dos sistemas em alta realizados com investimento autárquico são transferidos para novas entidades, o papel das autarquias nos sistemas “em alta” é desvalorizado, é dado um grande passo para a privatização da distribuição “em alta”», referiu a moção apresentada pelo Bloco.