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ATUALIDADE – NERSANT analisa fatores que vão influenciar o setor agroalimentar no horizonte 2030

Inserido no projeto de apoio ao empreendedorismo Farm to Fork New Business, a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém elaborou um estudo que apresenta uma análise prospetiva, identificando os principais fatores que influenciarão o consumo alimentar no horizonte 2030. De acordo com este estudo, até ao final de 2030 é esperado um grande crescimento populacional e o mundo estará concentrado em grandes cidades. A Europa enfrentará o crescente envelhecimento populacional, ao mesmo tempo que o aprofundamento digital em termos de expansão tecnológica e alargamento dos utilizadores irá enfatizar ainda mais a conexão ao nível da mobilidade e do digital, o que traz oportunidades evidentes para as empresas da cadeia alimentar atingirem maior eficiência produtiva, maior controlo e segurança dos processos. A falha na ação climática é uma das maiores preocupações mundiais, com a ocorrência de fenómenos climáticos extremos e a perda da biodiversidade, prevendo-se que as consequências da poluição excessiva sejam ainda sentidas em 2030, sendo possível que o limite da subida da temperatura global dos 1,5ºC seja ultrapassado. Estes acontecimentos estão na base de novos hábitos de consumo e preferências. Os consumidores estarão cada vez mais preocupados com a qualidade dos alimentos, a segurança alimentar e o conteúdo nutricional, bem como as consequências para a saúde das suas decisões de consumo alimentar. Espera-se um consumo mais diversificado de fontes de proteínas, frutas e vegetais não tradicionais, e produtos alimentares altamente processados. A escassez de tempo para preparação e consumo de alimentos, a diversidade de locais disponíveis para se alimentar ou a periodicidade das suas compras em meios urbanos são condições dos futuros consumidores urbanos a que é necessário responder, com alternativas adaptadas e novas modalidades no modo de comer, que podem incluir novas técnicas de conservação e de preparação, mais itens alimentares “on-the-go”, ou a flexibilização de horários para comer. Também à medida que os movimentos migratórios se intensificam em várias zonas do globo, com maior diversidade racial e étnica, os tipos de alimentos e a forma como esses são consumidos serão reformulados e a oferta de produtos de todo o mundo será uma realidade cada vez mais evidente. Ao mesmo tempo, na Europa os agregados familiares terão configurações menores, mais indivíduos a viverem sozinhos e mais casais sem filhos e famílias monoparentais, o que levará a uma maior predisposição ao consumo de alimentos em formatos de embalagens mais reduzidas ou venda a granel, que tendam a evitar desperdícios. Estas realidades têm um impacto evidente em todas as fases da produção e distribuição de alimentos, pelo que devem ser observadas pelos atuais e futuros empresários do setor. A NERSANT espera, assim, apoiar os empreendedores na definição de produtos e serviços alinhados com estas tendências, precavendo que o seu posicionamento estratégico está enquadrado nos vetores que moldarão o futuro do consumo alimentar no horizonte 2030. Pode consultar o estudo através no endereço eletrónico https://farmtofork.nersant.pt/.