A Guarda Nacional Republicana participou na Operação Liberterra II, organizada pela INTERPOL e com coordenação nacional da Polícia Judiciária. Realizada numa escala global em 116 países, esta operação teve como objetivo combater o tráfico de seres humanos e o auxílio à imigração ilegal, bem como a deteção e repressão de crimes associados a estes fenómenos. No âmbito das suas competências de vigilância e controlo de fronteiras, a GNR empenhou 361 militares em ações de fiscalização e controlo de pessoas na fronteira terrestre direcionada para vias rodoviárias e ferroviárias, em estreita colaboração com as autoridades nacionais e internacionais, incluindo as forças de segurança espanholas. Durante a operação, a GNR, através da Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF) e com o apoio dos Comandos Territoriais, fiscalizou um total de 4.211 pessoas, culminando na deteção de três migrantes em situação irregular e em duas detenções por entrada e permanência ilegal em território nacional. A nível global, a Operação Liberterra II permitiu resgatar 3.222 potenciais vítimas de tráfico de seres humanos e identificar 17.793 migrantes irregulares. A operação mobilizou forças de segurança por todo o mundo, com ações em pontos estratégicos de controlo de fronteiras, culminando no controlo de cerca de 24.000 voos e na realização de aproximadamente 8 milhões de verificações em bases de dados da INTERPOL, resultando em 2.517 detenções por suspeitas de tráfico de pessoas e contrabando de migrantes. «A participação da GNR nesta operação evidencia o papel essencial da vigilância e controlo de fronteiras no combate ao tráfico de seres humanos, fenómeno que, pela sua complexidade, representa uma ameaça global à segurança e respeito pelos direitos fundamentais, que ultrapassa fronteiras e exige uma resposta alicerçada na cooperação internacional», refere um comunicado enviado para a redação da Hertz.