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Atletas da maior travessia em BTT da Península Ibérica entram em Portugal na próxima quarta-feira

Os atletas da Trans-Ibérica em BTT Tejo/Tajo Vivo começaram a pedalar no passado dia 18 de maio, na nascente do Tejo, na Serra de Albarracín (Espanha), e na próxima quarta-feira, dia 27, já irão entrar em território nacional. Percorrer 1.210km, em 13 dias, naquela que é a maior travessia em BTT da Península Ibérica é o desafio dos participantes, que chegam ao Parque das Nações, em Lisboa, às 14h, no dia 30 de maio. Chegam a Vila Velha de Rodão com 952km pedalados e mais de 11 mil metros acumulados de subidas. Para trás deixam imagens de um Tejo bem diferente do que visualizamos em Portugal. “Como esta edição foi mais cedo que o ano passado, é possível ver as paisagens mais verdes, o rio com mais água”, relatou Ricardo Salgueiro à rádio TSF, sobre a primeira etapa desta grande aventura. Já o segundo dia em duas rodas “foi à Trans-Ibérica, etapas longas e com algum acumulado”, descreve o atleta de 26 anos no relato diário. Após esta jornada de trilhos abertos em que só passa a bicicleta alternados por estradões, os participantes tiveram uma etapa de transição, como partilhou outro atleta, Ricardo Pereira, numa rede social, “o Tejo abandonou a serra de Albarracín e as suas imensas falésias e desfiladeiros onde nasce e leva agora o seu caudal a mais baixa altitude. O desnível de subida é agora menos brusco e o Tejo já toca algumas localidades, engrossou o seu leito e avistámos a sua primeira grande barragem com uma enorme albufeira”. No quarto dia de percurso já o rio, segundo o atleta abrantino “abandonou definitivamente a montanha e foi mais urbano. O seu curso foi feito quase na totalidade em planície e a cor verde e límpida que o caraterizava passou a um tom mais triste e acastanhado devido às imensas fábricas que já nele depositam as suas descargas industriais”. Esta etapa entre Zorita de los Canes e Aranruez “foi rápida, rolante e com pouco acumulado de subida”, marcada por um almoço a convite da presidente da Câmara de Fuentidueña de Tajo (Espanha) que quis demonstrar o seu apoio a esta iniciativa do projeto Tejo/Tajo Vivo. Já a jornada de hoje “foi pensada para relaxar após os dias de serra, curta, rápida e relativamente fácil”, descreve a atleta Sónia Lopes. A etapa sprint foi aproveitada para os participantes “rolarem e desfrutarem de um percurso sempre interessante, sem grandes declives e com o Tejo por perto até às portas de Toledo”. Depois de Toledo a travessia vai passar este fim-de-semana por Talavera de la Reina, Bohonal de Ibor, seguindo para Serradilla e Alcántara no início da semana. Após Vila Velha de Rodão, Abrantes e Santarém são duas etapas importantes, em que os atletas são acarinhados pelas comunidades. A aventura turística ibérica irá terminar em Lisboa, no dia 30 de maio com um acumulado de subidas de mais de 16 mil metros, que chega a atingir 1.688 metros de altitude. A chegada, pelas 14h, junto ao Pavilhão de Portugal no Parque das Nações será marcada pela devolução à foz da água recolhida na nascente e serão entregues as lembranças de participação e prémio finisher aos atletas. Esta travessia pretende afirmar os territórios ibéricos, situados nas margens do Tejo como um destino turístico integrado. E surge por iniciativa de 17 Associações de Desenvolvimento Local portuguesas e espanholas, que num projecto denominado de Tejo/Tajo Vivo, apoiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (ProDeR), desenvolvem várias acções com o fim de aumentar a competitividade e promover o desenvolvimento económico, social e ambiental destas localidades ribeirinhas. Em Portugal é representado pela ADRACES – Raia Centro-Sul, Pinhal Maior – Pinhal Interior Sul, LEADER SÔR – Alto Alentejo, TAGUS – Ribatejo Interior, ADIRN – Ribatejo Norte e APRODER – Ribatejo.