A regulação portuguesa para o jogo online amadureceu e, em 2025, o mercado volta a dar sinais positivos. Mais concorrência entre marcas licenciadas, jogos novos a ganhar espaço e uma experiência de utilização cada vez mais “mobile-first”. Tudo isto acontece sob a alçada do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ).
Licenças SRIJ, operadores e surpresas para o jogador
O ecossistema legal continua a ser o ponto de partida. Para oferecer jogo online em Portugal, as empresas precisam de licença do SRIJ e têm de cumprir regras apertadas de prevenção de branqueamento de capitais, jogo responsável, auditorias ao software e obrigações fiscais.
A lista pública de entidades licenciadas permite ao utilizador confirmar, em dois cliques, se está a jogar num site autorizado. Em termos práticos, isto traduz-se em contas verificadas e pagamentos rastreáveis. Num mercado mais competitivo, as ofertas recorrentes tornam-se um instrumento de diferenciação.
Além dos diferentes tipos de jogos, como blackjack, roleta, slots e poker, as plataformas se esforçam para oferecer promoções personalizadas com as preferências do utilizador. Por exemplo, os melhores bônus de poker online da internet permite que até jogadores iniciantes aproveitem salas online e os recursos de uma plataforma segura.
Essas ofertas são igualmente auditadas e fiscalizadas. E este maior escrutínio, aliado à regulação, está a ter reflexo nos números. No 1º trimestre de 2025, o SRIJ registou 284,7 milhões de euros de receita bruta de jogo online (GGR).
É um recuo face ao recorde do 4º trimestre de 2024, mas representa crescimento em relação ao período homólogo. Há mais jogadores e mais atividade sustentada, com a sazonalidade a explicar parte das oscilações.
Jogos novos (e formatos) que estão a puxar pela oferta
Se as slots continuam a liderar, 2025 tem sido o ano em que formatos “crash” consolidam lugar nos lobbies nacionais, ao lado de híbridos como o slingo (slots + bingo). A lógica é simples, rondas muito curtas, risco/retorno explícito e um ciclo de feedback que convida a sessões rápidas em telemóvel.
Precisamente onde o consumidor português passa mais tempo. Embora a nomenclatura dos títulos varie, o denominador comum é a transparência do multiplicador e a curva de aprendizagem acessível, que abre a porta a um público mais amplo. No póquer, o contributo para os Jogos de Fortuna ou Azar mantém uma trajetória de ligeira subida.
No 1º trimestre de 2025, a modalidade representou 1,6% do volume dentro desse segmento, pouco no conjunto, mas um sinal claro de estabilização após anos de volatilidade. Para quem prefere cash games e MTTs, isto traduz-se em tráfego mais previsível e prémios mais consistentes, sobretudo aos fins-de-semana.
Pagamentos e verificações: Mais rápidos, mais móveis
No plano operacional, o onboarding e os pagamentos ficaram mais ágeis. A verificação de identidade (KYC) mantém-se obrigatória, mas a experiência melhorou graças a uploads simplificados e validação quase imediata.
Do lado dos métodos, o padrão em Portugal continua a passar por Cartão, Multibanco e MB WAY, com carteiras digitais a ganharem tração em segmentos específicos. O que mudou é menos visível. Conciliações mais rápidas e fluxos internos de prevenção de fraude que reduzem tempos de espera em levantamentos.
Esta aceleração apoia-se também na infraestrutura de comunicações. No final do 1º trimestre de 2025, os utilizadores de Internet móvel 5G em Portugal chegaram a 4,3 milhões (+69,6% em termos homólogos), e havia 13.954 estações 5G instaladas no território. O resultado são latências mais baixas e sessões mais estáveis em jogos que exigem interação contínua.
As novas tecnologias que chegam ao setor
O tráfego de Internet móvel continua a subir. No 1º trimestre de 2025, cada utilizador gastou em média 14 GB/mês no telemóvel, e o 5G já respondeu por 22,4% do total de dados móveis. Estes indicadores explicam por que razão a experiência de jogo em smartphones, mesas ao vivo, slots com animação pesada, formatos em tempo real, está mais fluida e popular.
Do lado tecnológico, a grande aposta passa por streaming ao vivo de latência reduzida (ruletas e “game shows” com croupiers) e por motores de recomendação que adaptam lobbies, limites e promoções ao perfil de jogo. E a mobilidade também molda a UX. Pagamentos e levantamentos seguem a mesma lógica de instantaneidade.
O MB WAY, além de consolidado no comércio local, já ativou a interoperabilidade com carteiras vizinhas (Bizum, Bancomat) para transferências imediatas transfronteiriças que podem encurtar prazos de depósitos e cash-outs nos operadores licenciados. Em segurança, algoritmos de deteção precoce de risco.
A nova Carteira de Identidade Digital Europeia (eIDAS 2) cria enquadramento para identidades verificadas, potencialmente simplificando o onboarding e reforçando a prova de idade, assim que os Estados-Membros implementarem as carteiras digitais.