No passado domingo, o Museu Municipal de Alvaiázere inaugurou 2 exposições que estarão patentes ao público, de terça-feira a domingo, entre as 09h30 e as 17h30 (horário de inverno) e entre as 10h e as 18h (horário de verão).
Depois de um primeiro momento musical, preconizado pelo coro polifónico Alva Canto (que interpretou diversas peças sobre a temática do amor sagrado e profano), com a presença da Vereadora da Cultura, Sílvia Lopes, foi inaugurada a exposição O Sagrado e o profano, dos colecionadores Adriana e João Seixas, com cerca de 350 peças da autoria de vários artesãos conceituados (nomeadamente Rosa e Júlia Ramalho, Rosa e Júlia Cota, Família Mistério, Família Baraça, entre outros). Os presentes foram, então, convidados a viajar pelos vários núcleos expositivos, onde puderam contemplar procissões, presépio em velas, diabos, Cristos crucificados, a Última Ceia, alminhas, os signos, entre outros. Desta forma valorizou-se a arte do barro na cultura portuguesa imortalizando cenas e cenários que fazem parte da identidade nacional. A tarde continuou com a inauguração da exposição Conceito, forma e sentidos, da autoria de Jorge Araújo. Nesta mostra de pintura e escultura, os presentes foram convidados a contemplar as formas e conceitos de maneira a sentirem as peças de forma plena, a ditar sentidos (re)interpretados. Num conjunto de 16 quadros e 2 esculturas, este artista plástico internacionalmente reconhecido apresenta a mestria da junção de várias técnicas e matérias-primas a partir das quais dá sentido a uma visão sua do pensamento e da existência humana que espoleta em cada visitante a sua própria visão reinterpretada do real. Para encerrar a tarde, teve lugar um porto de honra em que se propiciou a conversa e partilha descontraída entre os visitantes, artista e coleccionadores. Neste momento informal, então, potenciou-se o sentido do trabalho desenvolvido pelo Museu Municipal de Alvaiázere em prol da cultura e deste território que se pretende afirmar pela diferença.
